Pré-Amplificadores e Processadores

Um controle de volume ativo é implementado de forma que o estágio final de ganho tenha seu ganho variável através do potenciômetro. Isso faz com que, no volume mínimo, esse estágio tenha um ganho idealmente igual a  zero, o que faz com que o ruído gerado seja muito baixo, pois não há necessidade de se atenuar fortemente o sinal e depois aplicá-lo ao amplificador de ganho fixo. Assim sendo, a relação sinal-ruído e a distorção são muito melhoradas.  Em volumes mais altos, o ganho do amplificador aumenta e este estágio amplifica mais o sinal de saída.

Esse arranjo apresenta uma vantagem enorme de qualidade sobre a versão tradicional e ainda permite, em alguns casos, que se utilize um potenciômetro linear, que possui menor variação de valor entre os canais, possibilitando obter uma menor variação de ganho entre eles.

Existem versões eletrônicas do controle de volume, implementadas através de circuitos integrados específicos. Usualmente, essas versões são utilizadas em receivers de home-theater, pois permitem o controle simultâneo do volume dos 5, 7 ou mais canais existentes nesses produtos. Porém, temos notado que esses Cis ainda têm de trilhar um caminho evolutivo para se equiparar aos melhores controles de ganho ativos.

O controle de loudness é um controle que faz a compensação da característica auditiva do ouvido humano, que é menos sensível às frequências baixas e altas em volumes baixos. Na realidade, nosso ouvido está muito longe da resposta plana em qualquer nível de audição. A compensação é feita através de um reforço nas baixas e altas frequências quando a reprodução é feita em volumes baixos. Nessa condição, o som reproduzido parece não ter corpo, e isso somente desaparece quando se aumenta o nível da reprodução.

Há quase 80 anos, essa característica do ouvido humano foi descrita e medida por Fletcher e Munson, cujas curvas de mesmo nome se tornaram bastante conhecidas, e alvo de contestação pelo mundo afora. Uma norma ISO revisou essas curvas e chegou à conclusão de que elas estão muito próximas às de vários estudos atuais, dando credibilidade aos valores obtidos naquela época.

A compensação é usualmente implementada através da chave de Loudness, que existe em muitos produtos e que introduz um reforço fixo que vai diminuindo conforme o volume aumenta. Esse controle foi sendo gradualmente abandonado nos produtos mais recentes, pelo mesmo motivo que muitos produtos, hoje,  não têm controle tonal.

O agravante, no caso do controle de Loudness, é que, dado que a correta compensação é dependente de uma série de fatores, como por exemplo, o ambiente onde o sistema está instalado, a sensibilidade das caixas acústicas e o nível de gravação, para numerar somente alguns problemas, o nível fixo de correção é nitidamente insuficiente.

Há estudos mostrando que, na realidade, os controles de loudness existentes nos produtos comerciais exageram na compensação, provocando mais malefícios do que benefícios. A compensação exagerada nos graves pode levar amplificadores à limitação de potência por clipping e introduzir distorção e isso pode explicar por que os controles de Loudness são pouco presentes nos equipamentos atuais.

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