Na edição de abril/2024 eu analisei os níveis lógicos assumidos nos circuitos digitais de acordo com as respectivas tecnologias utilizadas, TTL ou CMOS.
Se não leu aquele artigo recomendo que o faça para compreender o que vem a seguir.
Eu ousaria dizer que muitos técnicos reparadores não têm noção da importância de se saber os valores de tensão que serão interpretados, por um circuito digital, como nível alto ou baixo e mais, por que é preferível utilizar uma ponta lógica para analisar estes circuitos em vez de um “poderoso” voltímetro digital.
Circuitos analógicos e circuitos digitais
Uma das principais diferenças entre um circuito analógico e um digital é que, no primeiro, as tensões nos terminais de um transistor são bem definidas de acordo com o projeto, entretanto, no digital elas podem variar dentro das faixas estabelecidas pela tecnologia usada, como vimos no artigo anterior e serão interpretadas como nível alto ou baixo conforme a “faixa de tensão” que estiverem.
Temos ainda duas outras situações possíveis, tri state e pulsante que deixaram o voltímetro doidinho.
Reparou o grifo em “interpretadas”?
Isso mesmo, o que precisamos, e desejamos, saber, ao analisar/reparar um circuito digital, não são os valores de tensão indicados nos pinos do CI, exceto os de alimentação é claro, mas sim as indicações HIGH e LOW, as quais irão depender da tecnologia utilizada, e é aí que entra a ponta de prova lógica para análise do circuito.
É bem provável que você nunca tenha ouvido falar em ponta de prova lógica e esteja a pensar que estou querendo reinventar a roda então, continue comigo porque a roda, assim como a Terra, vai continuar redondinha, mas você, caro leitor, irá descobrir um “novo” método de analisar e pesquisar defeitos em circuitos digitais pouco divulgado (pelo menos aqui no Brasil!).
*Professor de Matemática e Técnico em Eletrônica