Isso acontece por causa de uma leve queimadura no papel, visto que o toner do outro lado forma uma película saliente.
Agora a parte em que a maioria fracassa, mesmo colocando em prática as mais diversas dicas: ao levar a PCI para um banho de água (mesmo quente), o papel glossy e os outros ficam enrugados.
O problema é que o toner desgrudava neste enrugamento do papel e em outros casos, nem ficava grudado no cobre.
Fizemos testes com diversas impressoras laser e até mesmo com fotocopiadoras de livrarias. O resultado foram sempre decepcionantes.
Já tínhamos uma desconfiança, mas quando recebemos via descarte de lixo eletrônico uma impressora laser da marca Lexmark com toner original, fizemos algumas impressões de texto e observamos que a impressão era incrivelmente preta e brilhante!
Não tivemos dúvidas, preparamos um layout e imprimimos no papel glossy. Percebemos que a impressão além de muito preta, ficava em alto relevo, mostrando uma película generosa de toner.
Ao fazer o processo, em 5 minutos tínhamos essa placa que vocês veem nas fotos deste artigo: trilhas superfinas e perfeitas.
Este é o segredo: toner de cartuchos reciclados ou recondicionados são amarronzados, de péssima qualidade. O pó que vem no cartucho original é preto e tem micro partículas de um outro material (nylon?) que deixa a impressão com um certo brilho.
Esse toner gruda na PCI sem problemas e é possível até retirar a folha de papel ainda aquecido que as trilhas não desgrudam do cobre.
Algumas dicas ainda são importantes: limpe sua PCI com vinagre. Mesmo que ela esteja manchada, não passe palha de aço (Bombril) para deixa-la brilhante. Sempre acreditamos que a superfície do cobre original, com micro poros ajuda na aderência do toner.
Visto que o papel glossy ou couchê é caro, você pode e deve imprimir vários layout na folha, fazendo um aproveitamento total da folha. Papel couchê você consegue bem barato em gráficas.
Depois que perdemos nossa impressora Lexmark com toner original, NUNCA mais conseguimos fazer placas por esse método! Atualmente estamos usando o dryfilm, que é uma película foto sensível adquirida na China a um preço bem baixo. É trabalhoso mas compensa, especialmente para quem monta circuitos com os modernos conectores USB onde precisão é essencial.
Interessante, Ademir, aqui eu uso papel glossy gramatura 150 em impressora HP (uso duas, uma HP 1020, mais antiga e uma multifuncional Laserjet 100, sem problemas) e fica ótimo, seja com toner original ou com bons produtos equivalentes. Inclusive, eu nem preciso colocar na água; depois de um certo tempo, peguei o jeito e já retiro direto o papel, sem precisar limpar. Todos os projetos que faço para a revista são feitos desta forma. Vou ver se filmo uma vez para mostrar. Forte abraço!
Em Sorocaba tem uma gráfica digital que imprime em direto na superfície cobreada das placas e o resultado é perdeito. Eu não perco mais o meu tempo com transferência térmica de tonner.