Ademir Freitas Machado – PT9-HP
Há anos tentamos produzir uma placa de circuito impresso por um método eficiente, limpo e de qualidade, especialmente para aqueles desenhos que utilizam circuitos integrados e linhas passando entre as perninhas!
Quando a internet se tornou algo comum, começaram a aparecer diversos métodos para se produzir uma PCI com qualidade e o que nos chamou a atenção foi o “método por transferência térmica”, que consiste em imprimir numa impressora laser (ou fotocopiadora) o desenho da placa e “carimbar” esse desenho na PCI utilizando-se um ferro de passar roupas.
Não vamos entrar em minúcias sobre o método em si, pois podem ocorrer pequenas variações, mas no modo geral você vai precisar de:
Um ferro de passar roupas emprestado da “cristal”. Aquecimento leve, próprio para algodão ou roupa delicada. Claro, quanto mais quente, mais crítico o processo.
CUIDADO! Não passe demoradamente o ferro quente na superfície do cobre como forma de pré aquecimento, pois ele pode levar um choque térmico e descolar do fenolite, normalmente após uma bela explosão! Isso aconteceu conosco por inexperiência.
Aqueça levemente a PCI passando o ferro quente do lado do fenolite e não do cobre. Isso ajuda na aderência do toner nos passos seguintes.
Uma folha de papel fotográfico high glossy para impressora jato de tinta (isso mesmo, para jato de tinta!) gramatura 180g/m2.
Aqui entram as variações: você pode usar papel couchê que é quase a mesma coisa e até mesmo folha de catálogos do Magazine Luiza ou revista Veja (depois de ler tudo, ok?). O importante é utilizar uma folha de papel liso, que absorva bem o toner e que facilite depois sua saída, ao ser aquecido pelo ferro quente.
Faça assim: com o ferro quente, passe sobre o seu desenho. O ferro não precisa estar muito quente, pois você pode e deve passar várias vezes, até perceber que estão formando saliências escuras (trilhas) do lado em que você passa o ferro.
Depois que perdemos nossa impressora Lexmark com toner original, NUNCA mais conseguimos fazer placas por esse método! Atualmente estamos usando o dryfilm, que é uma película foto sensível adquirida na China a um preço bem baixo. É trabalhoso mas compensa, especialmente para quem monta circuitos com os modernos conectores USB onde precisão é essencial.
Interessante, Ademir, aqui eu uso papel glossy gramatura 150 em impressora HP (uso duas, uma HP 1020, mais antiga e uma multifuncional Laserjet 100, sem problemas) e fica ótimo, seja com toner original ou com bons produtos equivalentes. Inclusive, eu nem preciso colocar na água; depois de um certo tempo, peguei o jeito e já retiro direto o papel, sem precisar limpar. Todos os projetos que faço para a revista são feitos desta forma. Vou ver se filmo uma vez para mostrar. Forte abraço!
Em Sorocaba tem uma gráfica digital que imprime em direto na superfície cobreada das placas e o resultado é perdeito. Eu não perco mais o meu tempo com transferência térmica de tonner.