Infelizmente, a empresa fechou suas portas ao fim do século passado e, ainda hoje, podem ser encontrados transdutores usados em bom estado ou caixas acústicas que utilizam seus produtos. Não são raros os que gostariam de fazer caixas ou restaurar modelos antigos com esses alto-falantes.
Muito comum também é a reforma desses componentes, e aí deseja-se, muitas vezes, que o falante tenha características similares às de quando ele era novo. Isso é muito difícil, pois diversos parâmetros e qualidades dos falantes dependem de características mecânicas e elétricas de seus componentes originais, tais como reparos, bobinas e suspensões.
Bons reparadores de alto-falantes podem, entretanto, restaurá-los a uma condição bem próxima das originais. Para tanto, devem atentar para que as características citadas fiquem o mais próximo possível delas.
Neste sentido, se tudo foi feito adequadamente, é possível que se obtenham características técnicas similares e, então, pode-se tornar realidade o desejo de se ouvir um som reproduzido por um sonofletor Novik, dos “bons tempos”.
Durante as décadas de 60, 70 e 80 do século passado, a Novik publicou catálogos de seus falantes com instruções de montagem de sonofletores residenciais de diversos portes. Muitos sistemas foram montados com essas caixas acústicas.
Interessante lembrar a história de uma empresa nacional, projetista e desenvolvedora de alto-falantes (ou melhor, transdutores eletro-acústicos), bem como de caixas acústicas em que poderiam ser usados. Outra que atuava no mesmo ramo e que durou até meados da década passada foi a Selenium, que conseguia exportar seus produtos para mercados tão exigentes quanto o europeu e estadunidense. Essa empresa chegou a desenvolver projetos originais, como conjuntos driver-alto-falantes coaxiais, capazes de responder em todo o espectro de áudio, sem os problemas de fase comumente notados em sistemas multivias..
Projeitei e construí minhas caixas para esse coaxial de 12″, que era vendido isoladamente ou com divisor de freqüências já estabelecido pelo fabricante. No meu caso, comprei só o conjunto driver-falante, sem o divisor passivo. Construí a caixa refletora de graves, sintonizando-a de acordo com as especificações técnicas; o resultado foi uma sonofletor com boa resposta na região média e grave, mas com agudos opacos. Resolvi então modificar o projeto, trocando o divisor por outro, separando o sinal musical em três faixas de freqüência, deixando as altas freqüências por conta de um tweeter STR 302, também da Selenium.
Usando as freqüência de corte apropriadas, atenuando adequadamente os agudos e deixando ao driver de titânio e ao conjunto por ele acionado (o coaxial de 12″ para reprodução de graves e médios) apenas as faixas de sinal que eles são capazes de reproduzir, consegui uma grande melhora no desempenho. Não apenas os agudos ficaram cristalinos, como a resposta nas faixas média e grave foi sensivelmente melhorada. Embora eu não tenha feito uma medição rigorosa da eficiência, a melhora é evidente, pois para um mesmo resultado sonoro percebido, exige-se bem menor potência do amplificador.
Usei muito estes projetos da Novik.
O site do Prof Paulo Albuquerque não existe mais.
Sim. É uma pena. Eu procurei entrar em contato com ele para ver se poderia reproduzir o conteúdo de alguma forma, mas não consegui nenhum endereço ou outra informação para contato.
ola tenho dois altofalantes novik de 15p o modelo e p500 alguem nao teria o manual do mesmo me serviria como base de estudos,obrigo
Durante as duas últimas décadas o século passado e até meados de 2010 ainda fazia pesquisas e experimentos com alto falantes é sonofletores em geral, tendo usado vários métodos e tecnologias para medição de Parâmetros TS, desde a medição ponto a ponto até o uso de medidores automáticos como o audiotest, DATS, ( projetei e montei um sistema de medição baseado em corrente constante usando ampops e transistores para elevar a corrente até 100mA @ 30V), e variosdos softwares disponíveis, Spectra lab + Excel, ETF5, Sample Champion, Audiotester, Arta, Soundeasy, Clio e Leap. Interessante notar que a maior precisão foi feita com medição manual, seguida pelo SpectraLab, eis automáticos Leap e Arta.