O Transistor VAS

Do mesmo datasheet,

Tanto a corrente máxima de coletor quanto a potência máxima são bem superiores às demandadas, mesmo considerando-se um “derating” em relação ao aumento de temperatura do transistor, quando em funcionamento.

Da prática, sabemos que, como os estágios de saída de amplificadores do tipo, usualmente em configuração “driver” + transistor de saída, apresentam ganho de corrente elevado, a corrente de trabalho do transistor do  VAS se situará em torno de 5 mA a 10 mA, excetuando-se casos de extrema potência e/ou de impedâncias muito baixas de carga. Na maioria dos usos residenciais, essa faixa de corrente é a usual.

Esses são os parâmetros básicos que devem ser considerados na escolha do transistor, mas não são os únicos.

O VAS, como citado anteriormente, fornece, praticamente, todo o ganho de tensão do amplificador e cuidados devem ser tomados em relação à sua linearidade. Apesar de seu elevado ganho, ele gera baixos níveis de distorção.

Em baixas frequências, a realimentação global do amplificador (R6 e R7, em nosso exemplo) atua para reduzir a distorção de todo o circuito e domina sua performance.

Em altas frequências, o estágio é linearizado por C3, em uma realimentação local, compreendendo o VAS e o estágio de saída. Neste caso, em uma configuração não muito comum atualmente, pois esse capacitor costuma ser colocado entre a base e o coletor do transistor VAS. Cordell fornece um cálculo para esse capacitor (Cordell, Bob – Designing Audio Power Amplifiers, 2nd. Edition, Routledge, pág. 191-192).

Apesar de seu valor baixo, esse capacitor é fundamental para o correto funcionamento do circuito, pois cuida da estabilidade do amplificador.  Não mexa nele.

 Ademais, como pode ser visto em Cordell, acima citado, seu valor depende das características de projeto do amplificador, assim, a alteração de valores e componentes em amplificadores deve ser feita com conhecimento de causa e sem “chutes”.

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