Observem também que não adiantam “zilhões” de microfarads de capacitor se o transformador não for de qualidade e corretamente dimensionado, como é o caso desse SAE.
Como vi que o transformador era adequado, mantive o valor da capacitância da fonte, apenas utilizei unidades para 105 graus Celsius, ao invés das de 85 originais, pois sabia que o bicho ia esquentar.
Essa pequena usina de força entrega quase 350 watts eficazes em 4 ohms com alta qualidade sonora, montada em um gabinete de 43cm x 21cm x12cm, sem contar as abas padrão rack!
Por outro lado, todo o gabinete de alumínio e o painel fontal estão termicamente acoplados ao dissipador principal, aumentando significativamente sua capacidade de dissipação, o que é muito bom.
Assim, todo o conjunto, notadamente em potências elevadas, fica bem quente. Em uso residencial isso não é problema, mas nos testes de estresse que executo, o amplificador alcançou temperaturas externas próximas de 60 graus Celsius, o que demanda atenção.
A eficiência, nesses testes (máxima potência), foi de aproximadamente 43% em 4 ohms e de 50% em 8 ohms. Apesar de boa, o bicho esquenta…
Por fim, abaixo, reproduzo uma explicação sobre o chassis dos SAE, bastante detalhada, entre outras informações úteis, do nosso já citado amigo Jimmy Bolha, das listas de discussão, fã dos SAE:
“Essa família de SAE tem parafusos a dar com pau, pois a estrutura é tipo “monocock”, ou seja, é a “pele” externa de alumínio que suporta todos os esforços.
Então, as peças têm que ser muito bem ancoradas umas às outras para dar rigidez, já que ele não tem nenhuma estrutura interna de aço, como é comum em outros amplificadores. Essa tecnologia é herdada da aviação e da Fórmula 1.
A vantagem é o peso reduzido, uma maior dissipação de calor e a durabilidade, pois, como você deve ter observado, exceto onde ele foi riscado por prego ou esfregado no cimento, o gabinete está exatamente como saiu de fábrica há 40 anos…