Posteriormente, em maio de 1980, foi lançado o pré-amplificador IC-5, complementando a linha.
Esse modelo, na verdade, incorporava as funções de seleção de entrada de sinal do misturador IC-3 e as funções de controle do pré-amplificador IC-4, com certeza para atender a um público que não necessitava de um misturador. Também reduziu significativamente o custo de aquisição e a necessidade de espaço físico, pois os dois equipamentos seriam substituídos por apenas um.
Os projetos eram de responsabilidade dos engenheiros Ary Braga e Manuel Pinho. Infelizmente, questões de sociedade levaram à saída dos dois da empresa, e, com isso, vários projetos não foram levados adiante, como, por exemplo, um modelo de potência superior à do ST-200, com 300W contínuos por canal em 4Ω, bem como, em visita à fábrica, os repórteres da Revista do Som informaram ter visto mecanismos de tape-decks cassete. Nada disso foi adiante e, em 1984, talvez por conta das questões acima citadas, Antenna noticiava que a Embrasom encerrou suas atividades em áudio.
Vamos ao IC-5, então.
Sua avaliação será interessante também para efeitos de comparação com outro produto, da WB, o WB 606, analisado mês passado em Antenna. Ambos são pré-amplificadores, da mesma época e fabricados por empresas de porte menor.
O IC-5 apresenta todas as funções de um bom pré-amplificador, com painel bonito, bem feito e controles suaves, com chaves e potenciômetros de boa qualidade.
Filtro subsônico, controle do modo reprodução, monitoração para dois tape-decks, possibilidade de desativação dos controles de tonalidade, entrada e saída para “loop” de processamento externo, como o uso de um equalizador, por exemplo, compõem funcionalidades adicionais do aparelho.
A unidade que testamos foi adquirida um pouco “surrada” pelo uso, mas com todas as chaves e controles em bom estado. Aparentemente era usada em sonorização, o que era um problema, como veremos adiante.
Providenciamos a troca de todos os capacitores eletrolíticos e o refazimento do painel frontal, trabalho, muito bom, do restaurador Maurício Chagas.
Como pode ser observado na foto a seguir, o equipamento é bem montado, limpo e com componentes de muito boa qualidade, em placas de fibra de vidro.