Marcelo Yared*
A Embrasom, fabricante do equipamento objeto deste artigo, era uma empresa sediada na cidade do Rio de Janeiro e que, a partir da década de 1970, passou a produzir diversos equipamentos de áudio, que ganharam reconhecimento por sua qualidade e robustez. Anteriormente, já produzia equipamentos para instrumentação.
Começou suas atividades em um conjunto de salas em Copacabana, passando, depois, para um galpão improvisado e, com o sucesso (merecido) de seus produtos e o aumento de vendas, mudou-se para um prédio industrial adequado, em Benfica, na mesma cidade.
Entre os seus produtos, o que mais fez sucesso, sem dúvida, foi o misturador IC-3, de custo acessível e de alta qualidade. Foi objeto de análise em Antenna, em seu número de janeiro de 1980, sendo bastante elogiado.
Uma linha bastante abrangente e com reconhecimento do mercado como sendo de produtos de qualidade. A caixa DM10 foi avaliada em Antenna de maio de 1980 e saiu-se muito bem, também.
A Embrasom entrou, para valer, no mercado de equipamentos de som em meados da década de 1970, sendo o misturador IC-2 seu primeiro produto de grande sucesso. Em maio de 1978, a empresa lançou uma atualização do equipamento, denominada IC-3, e, posteriormente, o amplificador ST-200 e o pré-amplificador IC-4. Acompanhavam o conjunto, para uso residencial nominalmente, os sonofletores DM-10.
Os equipamentos fizeram bastante sucesso, reconhecidos por sua qualidade, e foram usados também em sonorização de ambientes, discotecas e boates. A empresa os fabricava com acabamento alumínio escovado e também anodizado em preto.
O sucesso da linha entre os audiófilos da época foi muito grande, e os seus projetistas chegaram, inclusive, a projetar um rack para comportar os equipamentos.
*Engenheiro eletricista