O deslocamento de polarização ou “bias displacement” faz com que o estágio de saída do opamp, que funciona em classe B ou AB, dependendo do opamp (os com maior consumo de corrente, sem sinal, têm boa chance de serem AB), passe a funcionar em classe A, para amplitudes da corrente de saída próximas do valor da corrente CC da fonte.
Não usei o capacitor de “bootstraping”, como feito no amplificador para fones, porque a fonte de corrente com transistor garantiria uma maior impedância interna e maior isolação contra ruído presente na fonte de alimentação. Isso apesar da fonte de alimentação ser dividida em duas seções, uma regulada, com baixo ruído, que alimenta o opamp e os drivers Q2 e Q3, e outra, não regulada, para o estágio de saída apenas.
Essa opção vai permitir que o estágio de saída possa chegar mais perto da saturação quando levar a tensão de saída do amplificador ao seu limite, aumentando a excursão de saída, o que era uma das tarefas do capacitor de “bootstraping”, por manter sua tensão CC praticamente constante durante cada ciclo de sinal amplificado.
Em relação à tensão de alimentação, adotei uma filosofia semelhante à empregada no “circuito T” de Barth Locanthi (figura 4), usado no amplificador JBL SA600 de 1966, usando duas fontes de alimentação separadas, uma para o estágio amplificador de tensão (o opamp + Q3 e Q4), essa regulada em +-17V e outra, não regulada, para os transistores de saída.
Fig. 4