O IBRAPE RA-108

Utilizei, basicamente, o mesmo circuito e o mesmo leiaute da placa, com duas alterações relevantes, mas que não tiram a originalidade do projeto:

  1. No lugar do transistor de germânio ASZ15, preferi colocar um MJ2955, NOS, da Texas, pois o ASZ é difícil de se encontrar e limitado em seu comportamento térmico e em fT. Não dispensei o dissipador colocado nele, entretanto, por uma questão de efeito visual;
  2. No lugar dos 2N3055 utilizei seus irmãos mais parrudos, os MJ15015, de mesma família de especificações, mas com VCEo maior e potência de 200W. Quem quiser pode usar os 2N3055 listados originalmente, mas não aconselho testes como os que farei no amplificador, com estes instalados. Tenham em mente que os 2N3055 hometaxiais do início da década de 1970 eram bem mais robustos que as unidades atuais.

Fiz pequenas alterações na placa impressa para acomodar componentes mais modernos e resolvi utilizar resistores de 5W em R16 e R17. Trabalham um pouco mais quentes, mas são bem mais compactos.

2 comentários sobre “O IBRAPE RA-108”

  1. Jonas Paulo Negreiros5 de fevereiro de 2024 às 11:43 AMResponder

    Tive o prazer de conhecer um dos criadores dos kits da IBRAPE. Se minha memória não falha, tratava-se do Sr. Moreira. Além de vendedor técnico, resolveu desenvolver kits, a fim de aumentar aos vendas dos componentes da IBRAPE. Enchia os olhos dos experimentadores ao ver nas lojas da Rua Santa Ifigênia pilhas de kits embalados em caixas de isopor em capas azul e vermelhas . Muitos fabricantes de móveis também adotaram os Kits, para produção em série.

    Eu e o amigo Luiz estávamos em apuros com os maus resultados da montagem de um kit monofônico de 10 W. Apesar de usar o chassis Incson e transformador da Tancham, o amplificador estava oscilando.

    O Sr. Moreira nos deu uma série de dicas de “lay out” de fiação, como por exemplo usar pares torcidos, a fim de evitar as indesejáveis realimentações de sinais, bem como montar a plaquinha do pré-amplificador de cápsula magnética o mais próxima da base do chassis metálico.

    Na época, o Sr. Moreira estava desenvolvendo um kit de amplificador monofônico de 50 W.
    Causou-nos surpresa quando ele nos convidou para um teste de comparação entre o Kit transistorizado a germânio e um amplificador valvular. Os graves do kit eram mais poderosos que o valvular.

    No meu entendimento, havia chegado o tempo de aposentadoria dos amplificadores valvulares.
    Muito tardiamente compreendi por que o Sr. Moreira comparava a evolução de seu projeto transistorizado com um amplificador que havia atingido o “estado de arte”.

    1. Antenna7 de fevereiro de 2024 às 6:57 PMResponder

      Excelente relato, Jonas! Obrigado!

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