E as medições de relação sinal/ruído, nos três casos, foram as seguintes, reproduzidas da tabela geral:
Observem que a relação sinal/ruído, normalmente, melhora quando há mais sinal, antes do ceifamento, entretanto, no caso do Super 200W e da configuração usada com a montagem com o transformador impulsor GO, isso representa mais corrente no transformador de força, o que significa que os campos magnéticos que “escapam” deles são mais intensos, o que aumenta a interação com o este último, particularmente nas frequências mais baixas e em suas harmônicas.
Muito provavelmente o melhor resultado com o núcleo NGO, que é bem superior ao valor divulgado pela Ibrape, se deva a essa menor interação entre esses componentes, além, é claro, do fato de a fonte ser estabilizada e de baixo ruído.
Podemos concluir que o RA-105 é um bom projeto e que a ampla utilização, particularmente em sonorização, era justificada pelo seu baixo custo, boa performance e simplicidade de construção, levando-se em conta que a Audium fornecia, a custo razoável e em bom volume, o transformador impulsor.
Concluímos também que transformador da Schatz atende perfeitamente ao projeto.
O professor José Roberto, colaborador de Antenna, montou, na época, o RA-105 com componentes da Willkason, que fornecia o kit completo de transformadores, o de força e o impulsor.
Com isso encerramos nossa incursão nos circuitos de amplificadores de alta potência da Ibrape. Ela foi uma indústria relevante em nosso país; fabricava válvulas, semicondutores, circuitos integrados, componentes passivos, ópticos e também esses kits, alguns bastante sofisticados e completos. E divulgava seus produtos e tecnologias, em seus famosos e conceituados Boletins Técnicos.
Durante a confecção deste artigo, tivemos a valiosa ajuda do Dr. Alexandre Simionovski, da Schatz, a quem muito agradecemos, na avaliação dos resultados obtidos. Sua ajuda contemplou sugestões para o texto, medições e possíveis melhoramentos nos circuitos do amplificador, que devem permitir melhor performance e rejeição aos ruídos e ao zumbido.
Avaliaremos a divulgação de um artigo específico contemplando tais mudanças e seus resultados práticos, no futuro.
Para encerrar, na página a seguir, temos as artes, já invertidas para uso do método do “ferro de passar roupa”, para quem desejar confeccionar o amplificador que era usado na Furacão 2000. Seu uso não pode ser comercial.
última placa é ra105 ou ra108 no cobre tá 105 no título 108….grato.
Opa! Trata-se de um gato “amplificado”. Obrigado por alertar.