Ao recebermos esses equipamentos antigos, normalmente fazemos uma inspeção visual de seu interior. Neste caso, pudemos observar que um capacitor eletrolítico foi trocado recentemente, a lâmpada-piloto foi substituída por um led e que a placa auxiliar que hospeda os potenciômetros de controle de tonalidade estava bem danificada e com a fiação soldada de forma irregular.
Energizamos o FBL com a tradicional lâmpada série e tudo correu bem. O amplificador deu “sinal de vida” e resolvemos injetar sinal em suas entradas (1kHz). Aí “a porca começou a torcer o rabo”… Um canal estava com mais ganho que o outro, o controle de balanço estava inefetivo e os controles de tonalidade apresentavam um comportamento bastante incomum, o que já esperávamos.
O leitor que gosta desses equipamentos, ouve música neles e os coleciona, como este articulista, devem ter em mente que circuitos eletrônicos têm sua vida útil definida e ela não é infinita. Os capacitores eletrolíticos deste amplificador são datados de 1974; têm cinquenta anos de fabricados. Com certeza, se o aparelho foi usado regularmente, terão ultrapassado, há tempos, sua vida útil garantida pelo fabricante. Outros componentes também têm vida limitada, mas o caso dos eletrolíticos é o que demanda mais atenção.
E aqui esta análise fica um pouco diferente: nós iremos avaliar o comportamento do AS-1040A antes e depois de substituirmos seus capacitores eletrolíticos por unidade novas, de boa qualidade, e observar se os parâmetros técnicos mudam significativamente. Primeiramente iremos verificar os defeitos observados no primeiro teste e repará-los. Sem o diagrama esquemático é mais difícil, mas nada que seja insuperável.
Com sinal injetado nas estradas, um osciloscópio e um pouco de paciência, descobrimos o motivo da diferença significativa de ganho entre os canais… ei-lo:
Capacitor eletrolítico de acoplamento, de 10µF, com defeito