O CONTROLE DE AUDIBILIDADE… trocado em miúdos

Bem. Já que a coisa está mesmo aí, não adianta usar de subterfúgios, e o melhor é mesmo tratar de pegar o boi pelos chifres, antes que ele nos derrube outra vez.

Agora, aqui entre nós, estou para ver uma coisa tão enrolada. É fácil percebê-la pelo “ouvidômetro”, mas bem difícil explicá-la numa linguagem que seja mais ou menos inteligível.

Enfim, vamos à luta.

ONDE SE ESCONDEM OS GRAVES

Todo mundo que tenha um ouvido mais ou menos desentupido deve ter notado que, quando se reduz bastante o volume no alto-falante, tem-se a impressão de que os graves sumiram. Para onde foram eles? Eis a questão.

O que se passa, na realidade, é que eles só desapareceram do nosso ouvido. No amplificador e no alto-falante eles estão todinhos, tal como antes de se reduzir o volume.

Que aconteceu então?

Aconteceu que nosso ouvido não é igualmente sensível para todos os níveis de volume, e além disso sua sensibilidade varia com a frequência.  Por isso é que, ouvindo em baixo volume, não podemos perceber as notas graves.

Então já está respondida a primeira pergunta — que aliás ainda não fiz. (Bem que avisei que o leitor é quem deveria começar a história…)

Bom. A primeira pergunta é:

“Por que é preciso compensar?”

Resposta:

“Porque o ouvido humano não é igualmente sensível aos vários níveis de audição, e sua sensibilidade varia não linearmente com a frequência.”

Está claro isso? (Meu Deus, espero que sim!)

NÍVEIS X AUDIÇÃO

Já que falamos em nível, é bom que se esclareça também o que estamos entendendo como tal. Todos nós mais ou menos nos acostumamos a raciocinar em termos de níveis elétricos. Mas agora, o que nos interessa são os níveis “percebidos”, isto é, a sensação de volume sonoro experimentada pelo ouvido. Acontece que este nosso órgão fisiológico não se comporta propriamente como um voltímetro.

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