Esse requisito faz com que, por facilidade e também por uma questão de aparência, a caixa central seja do tipo horizontal, de forma que ela utilize bem o espaço disponível e tenha harmonia com o local.
O tipo mais comum é derivado desta restrição de formato e usa dois alto-falantes do tipo Midbass associados a um tweeter. Essa configuração é chamada de MTM (Midbass, Tweeter, Midbass) ou de configuração de D’Appolito.
Essa configuração clássica, utilizada na forma vertical, é bastante popular, sendo superior em desempenho à tradicional caixa com um Midbass ou woofer e um tweeter, pois, além de produzir mais dinâmica que o sistema convencional, tem melhor dispersão horizontal, produzindo uma resposta bem comportada.
A maior dinâmica é dada pelo fato dela utilizar dois alto-falantes Midbass no lugar de um só. Esse tipo de caixa foi desenvolvido para ser orientada verticalmente, pois ela tem uma dispersão horizontal muito boa e uma dispersão vertical apenas razoável. Quando a caixa é deitada e se torna horizontal, as coisas se invertem, produzindo boa dispersão vertical e razoável dispersão horizontal.
A dispersão horizontal é mais significante auditivamente que a vertical num ambiente de home-theater, pois o que o usuário ouve quando se move na sala de projeção.
Logicamente, usar a caixa central na vertical é uma possibilidade, mas é certo que ela vai ficar mal posicionada e destoar do restante existente em volta da tela.
Se estivermos sentados bem em frente ao canal central, a qualidade ouvida é muito boa. Se sairmos da posição central e nos posicionarmos á esquerda ou direita, algumas frequências começam a ser canceladas e outras são reforçadas, mudando o equilíbrio tonal do sistema.
Esse é o efeito da dispersão horizontal ruim. Para resolver isso, uma das alternativas é reduzir ao mínimo possível o espaço entre os dois alto-falantes Midbass. Isso faz com que a resposta horizontal melhore.
O mercado trocou performance por aparência e adequação ao espaço ao adotar a caixa central horizontal, e esta se tornou padrão com o estilo MTM para a caixa central.
No caso de se utilizar uma caixa central no teto, a situação piora significativamente, pois o canal central foi projetado para ser posicionado logo acima ou abaixo da tela e não no teto, e, portanto, o resultado final do sistema com um canal central posicionado no teto é ruim, pois a imagem sonora é totalmente perdida, para não falar da diretividade dos sons agudos e da perda dos conceitos de dispersão horizontal e vertical.