Vamos verificar, na prática, como se comportam os transistores e se as alegações de baixa fidelidade, resposta deficiente acima de 10 kHz, “slew rate” baixo etc correspondem à realidade. Para isso, utilizaremos nosso protótipo do artigo publicado em Antenna, já citado, inicialmente com os transistores originais, os TIP3055 e TIP2955. Apesar da análise já ter sido feita, e de ter mostrado uma resposta em frequência (- 3dB) de 7 Hz a 300 kHz, vamos refazer a medição, porque o padrão é medir essa característica a 1 W de potência. Faremos agora perto da potência máxima, e mediremos também a distorção do amplificador em 90 kHz de banda nessa condição, para verificarmos a linearidade do circuito com esses transistores ultrapassados e, também, se eles podem ser considerados, mesmo hoje em dia, adequados para uso em alta-fidelidade.
Os transistores TIP já são construídos com tecnologias mais modernas, e os datasheets informam fT mínima de 2,5 MHz, o que significa que devemos obter bons resultados. Então, também utilizaremos transistores antigos, com o fT original de 800 kHz para o 2N3055, e verificaremos se, ainda assim, eles seriam adequados.
O esquema da saída de potência é este, e é tradicional. Observem que ele apenas fornece ganho de corrente, juntamente com seus “drivers”.
Supondo um ganho mínimo de 20 e de 50 para os dois componentes, respectivamente, a corrente a ser fornecida pelo estágio anterior deve estar na casa dos miliamperes.
Para trabalhar em classe B, elevaremos as tensões de alimentação a aproximadamente ±30 V, respeitando os limites mínimos de VCEo dos transistores, que é de 60 V, pelo datasheet.
Também ajustamos a corrente de repouso procurando atender o Critério de Oliver, buscando a menor distorção de transição possível para um estágio em classe B.
Posteriormente, em um próximo artigo, iremos substituir todos os transistores antigos por unidades modernas e comparar os seus resultados com os agora obtidos. Vamos lá!