Perceberam como o ganho do 2SC5200 fica bem mais estável, além de ser maior, quando a corrente varia? Isso significa menor corrente e dissipação nos estágios impulsores e mais linearidade em potências elevadas.
Neste, e em outros aspectos, nosso querido 2N3055 não compete com esse recente transistor bipolar de silício, e isso é o esperado, pois as tecnologias de materiais e de fabricação melhoram com o tempo, bem como os custos diminuem.
Neste artigo procuramos mostrar que, em tecnologia, não há lugar para idolatria (a Kodak que o diga). Um bom componente do passado pode não ser mais interessante para as mesmas aplicações atualmente. As coisas evoluem.
Por outro lado, não há porque se achar que o que foi feito no passado não presta.
Tudo tem sua época, e esses componentes antigos cumpriram bem suas funções. Na verdade, ainda hoje, há muitos deles por aí satisfazendo plenamente seus usuários.
Mesmo as válvulas termiônicas ainda têm seu lugar no mundo do áudio e uma legião de admiradores. E isso não vai acabar amanhã.
Por fim, esperamos que o leitor vanguardista tenha perdido o preconceito contra os “velhinhos” tecnológicos e que o leitor saudosista tenha matado a saudade dos bons tempos, “que não voltam mais”.
Até a próxima, onde iremos atualizar nosso projeto, com transistores de fabricação recente, e verificar se há grandes ganhos em relação aos parâmetros e características medidas neste e no artigo original.
Até lá!
Referências:
https://www.nxp.com/docs/en/application-note/AN139A.pdf
https://www.jedec.org/standards-documents/dictionary
https://www.st.com/en/power-transistors/tip3055.html
RCA Power Transistors Databook – 1975 – SSD-204C
RCA Power Devices Databook – 1978 – SSD-220B
RCA Power Devices Databook – 1981