Também levantamos a resposta de frequência do amplificador com ruído branco, e o resultado obtido foi o seguinte:
Resposta muito boa (5Hz a 90 kHz, -3 dB) e limitada, também, pelo teto do analisador que utilizamos (90 kHz). Muito provavelmente fT, fhfe e hfe são melhores que os especificados, na corrente e na temperatura de trabalho da medição.
Então, isso significa que podemos usar transistores antigos em projetos atuais?
A resposta é sim, com os devidos cuidados de compensação e realimentação aplicadas ao seu projeto, entretanto, poder não significa ser a melhor opção.
Esse artigo procura desmistificar algumas coisas em relação a esses componentes antigos, mas eles só devem ser usados em restaurações ou projetos em que seu custo-benefício ainda compense, como em fontes de alimentação lineares, por exemplo.
Para áudio, há componentes muito melhores atualmente, a baixo custo, e que tornam a vida do projetista e a do reparador bem mais fáceis, especialmente em características não tratadas aqui, nas quais o bom e velho 2N3055 tem desempenho inferior. Vejamos um exemplo, em um parâmetro muito importante para o amplificador, o comportamento do ganho de corrente em função de seu valor.
O 2SC5200, atualmente, é barato, e pode ser encontrado com facilidade (cuidado com falsificações). É o atual “fusquinha” dos transistores bipolares. Vamos comparar esse parâmetro com o do 2N3055, que é menos potente, tem menos ganho e VCEo menor.