Novos ventos

– Rapaz !.. Isso é do tempo em que a Philips mandava no mercado, com equipamentos de altíssima qualidade.

– Naquele tempo, quase cinquenta anos atrás, a Philips tinha linhas de produtos diversificados, desde os mais simples, como as “vitrolinhas”, até uma linha de equipamentos que ela chamava de  “Hi-Fi International”; equipamentos de alta qualidade e de excelentes características técnicas.

– Não estou lembrando desses equipamentos da Philips, Carlito. Embora fosse adolescente na ocasião, lembro bem dos Gradiente, Sansui, Kenwood…

– Pois é, Toninho: A maioria dos “Hi-Fi International” não chegou legalmente ao país, por conta da tal “Reserva de Mercado”. Alguns equipamentos, no entanto,  foram produzidos aqui,  seguindo o mesmo padrão internacional da marca. O  06 RH 748 foi um deles.

– Vamos então ao primeiro teste: Passe a lâmpada em série, Toninho! Não quero “Cheiro de Ampères” aqui na oficina, ainda mais vindo de uma raridade dessas.

–  Um… dois… e… Nada!  Não liga…

– Abra a tampa e faça uma inspeção visual, Toninho.

– E para já !

Retirada a tampa e inspecionado  internamente…

–  Verifiquei que os dois fusíveis de linha estavam abertos. São fusíveis cerâmicos miniatura, que são colados no transformador de força, em série com cada primário, o que evita a necessidade de se trocar o fusível em função da tensão de entrada.

– Por que terão queimado? Em todo o caso vou colocar fusíveis próprios para placa impressa .

– Feita a adaptação, o “receiver”, ou como diz Carlito, o ”Ampliceptor” voltou à vida, sempre com a lâmpada-série.

– Fale, Toninho…

–  Retirei a lâmpada-série e ele funcionou, mas todas as lâmpadas (painel, medidores e seletoras) estavam queimadas; muito provavelmente o aparelho, que veio do interior de SP, estava ajustado para 110 V em rede de 127 V, daí as lâmpadas vão queimando com o tempo;

   Após a troca das lâmpadas, foram colocados LEDs  apenas nos indicadores de entrada. As demais, de iluminação, foram trocadas por lâmpadas de filamento.

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