
Figura 5. A especificação de Rk, resistor de catodo, para a operação característica é informada em alguns manuais, dispensando o cálculo, salvo que se altere a classe de funcionamento da válvula. Na foto aparece o pentodo de saída Philips Miniwatt tipo EL2. Com tensão de placa de 200 V e polarização de grade em -12 V, com a válvula EL2, operando como amplificadora classe A, terá um valor recomendado para o resistor de polarização de catodo de 480 Ω.
Pela lei de Ohm, no caso da 6A8 eis como se faz o cálculo: Rk = Vk / Ik. Substituindo, na fórmula: Rk = 1,5 V / 0,0044 A. O valor de Rk é 340,9 Ω. O valor comercial mais próximo na série é de 330 ohms ou 360 ohms. Um resistor de 330 Ω resultaria em uma leve diminuição da polarização negativa, enquanto 360 Ω, mais seguro, aumentaria um pouco essa polarização.
De onde saiu a tensão de catodo de 1,5 V usada no cálculo? É a mesma da tensão negativa de grade, mas com polaridade invertida: a grade de controle opera com – 1,5 em relação ao catodo. Na polarização automática de catodo o resistor Rk eleva a tensão do catodo acima do potencial de referência (terra). Resumidamente, o catodo precisa estar a + 1,5 V para que a grade fique 1,5 negativa, garantindo a polarização correta.
O cálculo da potência dissipada do resistor de catodo da 6A8 também é efetuado através da lei de Ohm: P = Vk X Ik. A tensão de catodo Vk é 1,5 V. A corrente Ik é, como vimos, 0,0044 A. Substituindo, na fórmula: P = 1,5 V X 0,0044 A= 0,0066. O resistor dissipará 0,0066 W, potência baixa, por se tratar de uma válvula conversora de frequência. Na prática, um resistor no valor comercial de 360 Ω, com dissipação de ¼ W (0,25 W) será seguro.
Vejamos mais alguns exemplos: determinar qual deve ser o valor ôhmico de resistor de polarização de catodo para uma válvula tipo 50C5, alimentada por + B de 110 V. De acordo com o manual de válvulas, a polarização de grade recomendada para esta válvula é de – 7,5 V para esta tensão de + B de 110 V.