Aqui abro um parêntese para dizer que se você “ainda” tem dúvidas sobre os princípios básicos da Eletrônica Digital poderá entendê-los definitivamente com o meu minicurso publicado nas edições passadas de Antenna (https://revistaantenna.com.br/robotica/). Fecha parêntese.
Sabemos que a corrente é uma consequência inevitável da tensão, parafraseando o “samba de uma nota só” do maestro soberano Tom Jobim e assim, seguindo nesta pegada de eletricidade romântica, todo grande amor só é bem grande se for triste, como disse a poetinha Vinicius de Moraes, e aí entra a resistência no caminho formando um “triângulo amoroso” conhecido com Lei de Ohm.
Moral da história: – para ler correntes nos multímetros digitais precisamos “transformá-las” em tensão, ou melhor, precisamos de um conversor corrente-tensão, e nada mais simples para realizar esta tarefa que uma resistência, não é mesmo?
Todo mundo sabe, desde criancinha, que para medir corrente em circuito devemos colocar o instrumento em série com o ele. Este é o método clássico, embora atualmente já possamos medir correntes DC sem precisar interromper o circuito utilizando um gerador de efeito Hall, mas isso fica para outro artigo. Continuemos com a “moda antiga”.
Você já parou para se perguntar por que para medir correntes “grandes” precisamos trocar a posição da ponteira no multímetro digital?
Fig. 3 – Borne para medição de correntes até 10A