É exatamente na sutil diferença entre medir uma grandeza e determinar o valor da grandeza que se baseia o modo como os multímetros digitais mostram no painel os valores das correntes em circuito.
Por ora, vamos fazer um suspense sobre a “medição” de corrente nos multímetros digitais e analisar algumas questões interessante sobre os analógicos.
Os multímetros analógicos
De vez em quando recebo pedidos de ajuda, diria eu, quase espirituais, para “dizer qual o defeito” de um multímetro analógico, pedidos estes que mostram que quem está a pedir a ajuda não sabe como estes aparelhos funcionam. Sendo assim, que tal uma brevíssima revisão sobre o funcionamento deles?
Regra de ouro para todo reparador de qualquer coisa
Antes de começar a futucar a “coisa” deve-se saber como ela funciona |
O instrumento base dos multímetros analógicos comerciais é um galvanômetro de bobina móvel do tipo d’Ansorval, cuja estrutura vemos na fig.1.
Fig. 1 – Estrutura de um galvanômetro de bobina móvel tipo d’Ansorval
O funcionamento de um galvanômetro bobina móvel tipo d’Ansorval é o seguinte: – uma corrente elétrica, ao passar pela bobina retangular denominada bobina móvel, cria, em seu entorno, um campo magnético, da mesma forma que quando a corrente passa por um único fio, não importando se é continua ou alternada.