Feita esta pequena digressão acerca do mercado de semicondutores, vamos ver como os processos de fabricação distintos influenciam nas características dos componentes que adquirimos, e os cuidados que temos que ter ao adquirir e testar tais peças.
Começaremos pelos hometaxiais, tipicamente transistores da RCA, que hoje não são mais fabricados, mas que ainda podem ser adquiridos NOS ou mesmo aproveitados de equipamentos mais antigos.
Abaixo, temos as duas curvas de Área de Operação Segura (SOA) para o transistor 2N3055 hometaxial e para o epitaxial, ambos da RCA.
Observem o limite máximo seguro de corrente, para a tensão máxima entre coletor e emissor, retiradas do RCA Power Devices Databook, de 1981:
Uma diferença significativa de capacidade máxima de corrente a 60V, quase seis vezes maior. Como esse dispositivo com a estrutura hometaxial apresentava menor velocidade de comutação e frequências de transição menores (800kHz versus 2,5MHz, eram recomendados para uso em frequências baixas ou em fontes de alimentação CC, com os epitaxiais sendo mais adequados para áudio-amplificação, por exemplo.
A RCA marcava seus transistores hometaxiais com a letra H, seja gravada no corpo do componente ou mesmo imprimindo-a no especificação. Na imagem abaixo, podemos ver que esse transistor foi produzido por inúmeros fabricantes, a partir da década de 1960, utilizando-se diversos processos e estruturas, conforme estas evoluíam.
Independente da capacitância esse testador seria o passa não passa, certo?
Correto, Albano. Pode haver casos, de transistores muito antigos, em que a capacitância BE é baixa mas ele não é falsificado. Se passar no teste de potência, muito provavelmente é original. Abraço,