Marcelo Yared*
Na década de 1990 comprei minha primeira parafusadeira elétrica, fabricada pela Black & Decker. Na época foi uma alegria só, nada mais de dor no punho e no braço!
A ferramenta me foi muito útil e ainda continua sendo, desde então. Bom torque e duração mediana da bateria original, na verdade, um “pack” de três baterias de níquel-cádmio, totalizando 3,6V e com um ou dois ampères-hora de capacidade.
É essa aqui embaixo:
Depois de uns bons quinze anos de uso, a bateria “foi para o saco”, e então, como ela é destacável, e conectada por terminais, me dirigi à autorizada do fabricante para comprar outro “pack” de baterias. Quem sabe, talvez, de maior capacidade.
Para minha surpresa, o atendente disse que a Black & Decker não fornece reposição para peças dessa parafusadeira e me sugeriu jogá-la fora e comprar outra…
A ferramenta não é cara, mas para quem está acostumado a comprar ferramentas de uma certa marca alemã, bem conhecida, e encontrar reposição com facilidade, isso foi lamentável de se escutar. Se não há reposição, porque fazer o “pack” destacável?
Se isso é política da empresa, ou não, não me interessou; é suposto que a autorizada fale em nome da empresa. Também, como aprendi com o professor Paulo Brites e com o Dante Efrom, não jogo fora nada que possa ser reparado e que seja útil.
Na época não tínhamos a Internet como temos hoje, e, no estrangeiro e mesmo aqui, havia reposição para a bateria, mas, como dito, se a autorizada afirmou que não havia, fazer o quê?
*Engenheiro Eletricista