MEMÓRIA – O Capyau

Casou-se duas vezes, do primeiro casamento teve um filho e do segundo, dois.

Após 30 anos de labuta, em meados da década de 1970, vende sua empresa e compra algumas terras, um sítio, no interior do Estado do Rio de Janeiro, no Município de Bom Jardim e começa a viver de forma simples, com sua esposa, Terue, sua filha Mirue e, posteriormente, com o caçula Massao.

Terue era nissei, e os dois se conheceram em um curso de Língua Japonesa, ainda em São Paulo, após o fim de seu primeiro casamento. O Capyau aprendeu, assim, os ideogramas japoneses e estudou a cultura daquele povo. Segundo sua filha, sabia desenhá-los, como também aprendeu Esperanto. Ele estudou Japonês e ioga para obtenção de autoconhecimento e de equilíbrio pessoal.

Durante os seis primeiros anos em que morou no sítio, em Bom Jardim, evitou instalar eletricidade, pois queria que a família experimentasse o que era, realmente, “viver no mato”. A iluminação era feita a lampião de querosene e seu fogão utilizava lenha. Mas isso foi até a “radiofrequencite” (doença, segundo ele e PYAFA, causada por um vírus, o “Radiococus Frequenciae”) atacar novamente, quando instalou energia elétrica em sua casa. Essa aventura o leitor pode acompanhar na reedição, escrita pelo próprio Capyau, neste volume de Antenna, na seção CQ-Radioamadores.

O lado místico do Capyau não foi revelado aos seus leitores, apenas para os amigos mais próximos, sendo que alguns afirmavam ter certeza dele participar de reuniões secretas dos “cavaleiros templários”. Sua filha tem a lembrança de, bem pequena, ter ido com o pai a locais onde havia espadas, escudos e brasões.  

2 comentários sobre “MEMÓRIA – O Capyau”

  1. SD fonseca24 de setembro de 2024 às 3:40 PMResponder

    Saudades do Capyau…tenho ainda as revistas em que eles nos divertia e ensinava diligentemente com seus artigos soberbos – aquela do brasmissor movido a feijão e com SSB de pedal foi simplesmente um show à parte.

  2. Robert Santos29 de setembro de 2024 às 2:36 AMResponder

    Bons tempos… comecei lendo Eletrônica Popular e Antenna por volta de 1975, eu era autodidata ainda, tempos depois estava na escola técnica de Eletrônica ( Escola Técnica de Cîências Eletrônicas do Ibratel ) fui aluno do Professor Sérgio Starling ( (lamentavelmente falecido ) li o artigo ” As aventuras e desventuras de um Radioamador na Roça ” , até hoje lembro das histórias, eu me divertia muito e aprendia muito com os artigos do saudoso Miécio, suas histórias eram muito ricas em detalhes, seus desenhos, fotos, incrível, um verdadeiro Radioamador. Também me tornei Radioamador na mesma época. Mas, o tempo passou, Gilberto Affonso ( PY1AFA) e muitos outros que tanto contribuíram para EP e Antenna já nos deixaram. Realmente os tempos mudaram, tudo passou muito rápido. Fico feliz ao ver que Vovó Antenna tenha retornado há algum tempo, aprendi muito lendo as páginas de ambas revistas ( ainda possuo as revistas quando eram revistas separadas ) agora, falta pouco para completar 100 anos. A primeira e a única revista de Eletrônica sobrevivente no Brasil. Espero ver a edição de abril de 2026 comemorando o centenário. A nova geração precisa saber da existência da Revista Antenna.

Deixe um comentário