Memória – Nicolau Morozoff

Morozoff, e um dos funcionários da INDUCO, desbravando o interior em uma F75 Willys

Com o convite do Cel. Lameirão devidamente aceito, Morozoff passou rapidamente a chefiar a equipe de técnicos. 14 ao todo. O setor de atuação do novo colaborador da INDUCO era carinhosamente chamado de “Força”.  Já no Rio de Janeiro, se instalou no bairro de São Cristóvão (neste bairro estava sediada a matriz da INDUCO, que depois se estenderia à Paciência, zona oeste), ficando por lá por cerca de 1 ano e meio.

Seu indicativo mudaria mais uma vez para o definitivo PY1EQS. Após esse ano e meio, comprou um apartamento no bairro do Grajaú e ali, em um dos quartos disponíveis, montou seu “shack”. Começou a fazer amigos através das “rodadas”, sendo alguns deles, os saudosos dinossauros do radioamadorismo carioca: Capitão Vicente, PY1AOM (um grande companheiro que nos deixou ainda no final da década de 70), Veloso PY1BDY, Juarez Marques PY1DHJ e Oswaldo Ferreira PY1AWR (de Jacarepaguá), Armando Almeida (*) do Meier, Bandeira (*), dentre tantos outros. Porém, em pouco tempo, começou a ter problemas com o síndico do condomínio, certamente por causa da TVI (na época ainda não contávamos com a “Lei da Antena”), e Morozoff foi impedido instalar seu sistema irradiante no telhado.

Juarez Marques, ao saber da insatisfação de seu amigo por residir em um apartamento e não poder exercer seu hobby predileto, imediatamente convidou-o a visitar um imóvel em construção ali por perto, na verdade, a menos de 100 metros de sua casa. Conversando com o empreiteiro, acabaram os dois fazendo negócio e Morozoff comprou a casa “ainda na obra”, e contava nos dedos os dias que faltavam para que ele, finalmente, pudesse se mudar para Jacarepaguá. Eis que esse momento chegou no final de 1974, e “mãos à obra”. Equipamentos devidamente alojados no cômodo que deveria ser a copa da cozinha, torre erguida, iniciou-se então, com ajuda de seu fiel amigo Vicente, a confecção de uma quadra cúbica multibanda. Aquela trapizonga era vista de longe. Jacarepaguá não tinha quase edifícios, e era grande a quantidade de terrenos vazios, quase uma roça… Todos deviam olhar para aquela parafernália “esquisita”, que ficava no alto de uma torre, fixada na laje do segundo andar, e imaginar que ali morava uma espécie de “Professor Pardal” Imaginemos o espanto dos vizinhos quando Morozoff acionava o rotor (!!!).

5 comentários sobre “Memória – Nicolau Morozoff”

  1. Ademir Machado14 de junho de 2024 às 9:28 AMResponder

    Linda história! Não conhecia a trajetória de vida e nas telecomunicações do Morozoff.

  2. Luis Morozoff14 de junho de 2024 às 11:58 AMResponder

    Muito agradecido pela oportunidade de divulgar esta história. Um fraternal abraço. 73 PU1MAT

    1. David Loos12 de julho de 2024 às 11:58 AMResponder

      Linda história!

      TFA, PP5WLU.

  3. Tadeu Boechat14 de setembro de 2024 às 11:10 AMResponder

    Trabalhamos juntos na Induco, nos anos 80 (sai da Induco em 84).
    Fizemos juntos o start-up de duas turbinas/geradores da Kongsberg na estação da Telesp em Alphaville SP, e foi muito divertido.
    Um dia fomos a um show de tango em um teatro no centro de SP, assistir ao famoso Astor Piazolla tocando seu bandoneon! Tomamos uns bons canecos de chopp, juntos!
    Bons tempos e uma ótima companhia!

  4. HENRIQUE DA COSTA15 de setembro de 2024 às 9:32 PMResponder

    Também trabalhei na INDUCO entre 1980 e1987. Pouco contato tinha com o Morozoff, entretanto, certa feita resolvi com ele um problema no pickup de um gerador de energia.

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