Memória – Nicolau Morozoff

Estes equipamentos da EMBRATEL trabalhavam em conjunto com as antenas tropodifusoras. As antenas eram enormes, e serviam para prover comunicação “forçada” entre as comunidades da região norte e centro-oeste do Brasil; tão grandes que literalmente “forçavam” a RF a atravessar a densa vegetação, porém sua utilização mais interessante, certamente, era por reflexão ionosférica. Nessa época, não podíamos contar com outras tecnologias e não existiam os satélites comerciais.

Neste início de parceria com a INDUCO, Morozoff viajou muito por vários estados do Brasil, entre as regiões norte, nordeste e centro-oeste, a bordo de uma Rural Willys desbravando regiões inóspitas, muitas vezes só, mas também em companhia de sua Cristal e o casal de filhos. Joana (a Cristal), fazia uma “caminha” improvisada no porta-malas da Rural para a Cristalina e o Cristaloide suportarem as enormes viagens, com 1 e 2 anos respectivamente. A parceria foi boa e o Coronel Lameirão, dono da INDUCO, acabou convidando o Morozoff para se estabelecer e trabalhar no Rio de Janeiro, no início da década de 1970.

Merece citação a amizade de Morozoff com Gert Wallerstein, PY7ALC (falecido em outubro de 2012 aos 80 anos). Gert era fundador da EUDGERT, e confeccionava transceptores SSB nacionais. Morozoff era representante técnico destes rádios em Cuiabá (ver anúncio abaixo), e num determinada ocasião, teve a promessa de receber um EUDGERT modelo DIAMANTE de presente. Infelizmente os sócios desonestos não honraram a palavra de Gert, mas este, quando soube, cumpriu o combinado.

6 comentários sobre “Memória – Nicolau Morozoff”

  1. Ademir Machado14 de junho de 2024 às 9:28 AMResponder

    Linda história! Não conhecia a trajetória de vida e nas telecomunicações do Morozoff.

  2. Luis Morozoff14 de junho de 2024 às 11:58 AMResponder

    Muito agradecido pela oportunidade de divulgar esta história. Um fraternal abraço. 73 PU1MAT

    1. David Loos12 de julho de 2024 às 11:58 AMResponder

      Linda história!

      TFA, PP5WLU.

  3. Tadeu Boechat14 de setembro de 2024 às 11:10 AMResponder

    Trabalhamos juntos na Induco, nos anos 80 (sai da Induco em 84).
    Fizemos juntos o start-up de duas turbinas/geradores da Kongsberg na estação da Telesp em Alphaville SP, e foi muito divertido.
    Um dia fomos a um show de tango em um teatro no centro de SP, assistir ao famoso Astor Piazolla tocando seu bandoneon! Tomamos uns bons canecos de chopp, juntos!
    Bons tempos e uma ótima companhia!

  4. HENRIQUE DA COSTA15 de setembro de 2024 às 9:32 PMResponder

    Também trabalhei na INDUCO entre 1980 e1987. Pouco contato tinha com o Morozoff, entretanto, certa feita resolvi com ele um problema no pickup de um gerador de energia.

  5. Luis Morozoff12 de dezembro de 2024 às 2:16 PMResponder

    Tadeu Boechat, escrevi esse artigo com o intuito de imortalizar de forma carinhosa a trajetória profissional do meu pai. Ele me falou que te conhecia muito bem, E que vocês trabalharam bastante juntos. Eu já trabalhei para você, em Itaperuna, na empresa Fleishman Royal Leite Glória, instalei uma máquina de codificação Ink Jet da Willet em 1991, depois fizemos um treinamento de operação.

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