Pouco tempo depois, retornou ao estado do Mato Grosso e fixou moradia em Cuiabá. Seu indicativo passou a ser PY9EE. Abriu um pequeno negócio de conserto de rádios, amplificadores e eletrônicos em geral, e, em certo momento, manteve sociedade com Antônio Arizona, técnico muito competente. Em meados da década de 60, fora parte integrante da equipe técnica de som da Rádio Cultura em Cuiabá.

Nicolau e seu sócio-amigo Antônio Arizona – Ao lado, Arizona, em março/24, aos 92 anos
Morozoff fazia também atendimentos a fazendas, que na época contavam com seus transceptores de HF, a única forma de comunicação disponível entre as propriedades.
Nessa época, não raro, os fazendeiros mandavam seus aviões particulares irem “buscar o Morozoff” quando necessitavam de manutenção em seus equipamentos (essa forma de comunicação durou muitos anos, e posteriormente surgiram os rádio-telefones canalizados, de frequência fixa, de diversas marcas, sendo estes muito simples de se utilizar. Possuíam cerca de 2 a 4 canais, clarificador e volume. Nicolau contava que foram tantas as vezes que voou para as fazendas, que acabou aprendendo a pilotar monomotores.
Certa vez, disse ele, que voando para Porto Velho-RO, obviamente pela modalidade VFR (voo visual) se depararam com a região completamente coberta por um tapete branco de densas nuvens, e nenhum sinal de rádio. Por providência divina, conseguiram, já à noite, avistar um campo de futebol iluminado e fizeram pouso forçado, porém bem sucedido, só que eles estavam na Bolívia. O avião era um “Beechcraft Bonanza”.
Linda história! Não conhecia a trajetória de vida e nas telecomunicações do Morozoff.
Muito agradecido pela oportunidade de divulgar esta história. Um fraternal abraço. 73 PU1MAT
Linda história!
TFA, PP5WLU.
Eu conheci o Morozoff em Cuiabá, quando ele foi contratado pela Induco para completar o quadro de Tecnos por ocasião de implantação de sistema tropodifusao da Embratel entre Campo Grande e Manaus, sendo a Tonson CFS a contatada Oficial. Desde então eu tive um grande amigo, um professor e uma pessoa admirável.
Trabalhamos juntos na Induco, nos anos 80 (sai da Induco em 84).
Fizemos juntos o start-up de duas turbinas/geradores da Kongsberg na estação da Telesp em Alphaville SP, e foi muito divertido.
Um dia fomos a um show de tango em um teatro no centro de SP, assistir ao famoso Astor Piazolla tocando seu bandoneon! Tomamos uns bons canecos de chopp, juntos!
Bons tempos e uma ótima companhia!
Também trabalhei na INDUCO entre 1980 e1987. Pouco contato tinha com o Morozoff, entretanto, certa feita resolvi com ele um problema no pickup de um gerador de energia.
Tadeu Boechat, escrevi esse artigo com o intuito de imortalizar de forma carinhosa a trajetória profissional do meu pai. Ele me falou que te conhecia muito bem, E que vocês trabalharam bastante juntos. Eu já trabalhei para você, em Itaperuna, na empresa Fleishman Royal Leite Glória, instalei uma máquina de codificação Ink Jet da Willet em 1991, depois fizemos um treinamento de operação.
Luis, parabéns pela trajetória e contribuição do seu pai no Radioamadorismo no Brasil. Apesar de ser classe C e a mais de 40 anos, sempre ouvi o nome do seu pai nas minhas idas ao VHF Rio o qual era sócio e na Labre na 13 de Maio onde eu era filiado. Tive a oportunidade de conhecer o Carneiro, Luis Mergulhão, Zé Guilherme e entre outros colegas que se tornaram amigos.
Fui incentivado pelo Rogério Elias Murad (Ex-PY1OL) a entrar no campo do radioamadorismo e como eu disse, sempre ouvi falar do seu pai e foram belíssimas palavras e de certa forma com orgulho de um líder.
Parabéns pelo artigo e obrigado por acrescentar mais um pouco de conhecimento nesse mundão do radio.
FRT 73
Lauro Henrique
PU1XIF/PU2XIF