Memória – Nicolau Morozoff

Uma curiosidade: Na época da fábrica de Paciência, como havia um longo caminho de ida e volta diário a ser percorrido, e a propagação andava às mil maravilhas, Morozoff instalou em sua “Brasília amarela”, uma antena de HF multibanda, fabricada pela SWAN, e um Atlas 210 que mandou vir novinho dos EUA. Dizia que, na época, faturou vários países em 20m.

Foto do Atlas do Morozoff, hoje de propriedade deste autor.

Já na década de 1980, começava a surgir no Brasil a recepção doméstica de canais de TV via satélite, através do BRASIL-SAT 1. Os equipamentos receptores eram caríssimos, sendo a DRAKE americana um dos principais fabricantes.

Nessa época, ele desenvolveu talvez um dos primeiros receptores de satélite genuinamente brasileiro, por encomenda da Telepal; um belo protótipo, com visor composto por display de 7 segmentos, que indicava a posição de canal, cada um com ajuste pré-fixado. Por questões econômicas, o projeto se mostrou avançado demais para a época, e, com isso, produtos mais simples, lançados pela concorrência, predominaram e conquistaram o mercado.

Morozoff continuou trabalhando paralelamente com telecomunicações em sua oficina caseira (aquela que deveria ter sido a copa da cozinha), no emprego de executivo na INDUCO e depois na Detector Electronics, que será citada mais à frente.

 

Na Detector Electronics, em 2004, já na Barra da Tijuca

5 comentários sobre “Memória – Nicolau Morozoff”

  1. Ademir Machado14 de junho de 2024 às 9:28 AMResponder

    Linda história! Não conhecia a trajetória de vida e nas telecomunicações do Morozoff.

  2. Luis Morozoff14 de junho de 2024 às 11:58 AMResponder

    Muito agradecido pela oportunidade de divulgar esta história. Um fraternal abraço. 73 PU1MAT

    1. David Loos12 de julho de 2024 às 11:58 AMResponder

      Linda história!

      TFA, PP5WLU.

  3. Tadeu Boechat14 de setembro de 2024 às 11:10 AMResponder

    Trabalhamos juntos na Induco, nos anos 80 (sai da Induco em 84).
    Fizemos juntos o start-up de duas turbinas/geradores da Kongsberg na estação da Telesp em Alphaville SP, e foi muito divertido.
    Um dia fomos a um show de tango em um teatro no centro de SP, assistir ao famoso Astor Piazolla tocando seu bandoneon! Tomamos uns bons canecos de chopp, juntos!
    Bons tempos e uma ótima companhia!

  4. HENRIQUE DA COSTA15 de setembro de 2024 às 9:32 PMResponder

    Também trabalhei na INDUCO entre 1980 e1987. Pouco contato tinha com o Morozoff, entretanto, certa feita resolvi com ele um problema no pickup de um gerador de energia.

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