Consegui, com um amigo, dois espécimes deste tal 30J127 e a primeira coisa que fiz foi medir com um multímetro digital na escala de diodo entre os terminais 2 e 3 que deveriam corresponder ao coletor e emissor respectivamente se fosse um IGBT.
Como vemos na fig.4, havia a presença de um diodo.
Só isso já dava para suspeitar, ou melhor, afirmar que não se tratava do IGBT 30J127.
Fig. 4 – Medindo entre terminais do IGBT suspeito
Comprovei minha suspeita com o VAR(!), ou melhor, com o auxílio do T-7 que mostrou, como vemos na fig.5, tratar-se realmente de um MOSFET canal N tipo Enhancement com diodo entre os terminais dreno e source.
Fig. 5 – Verificação do 30J127Fake com o T-7
IGBT (Insulated Gate Bipolar Transistor) não é FET!
FET (Field Effect Transistor) não é Transistor!
Transistor não é um compontente, mas um efeito de amplificação e controle de corrente por transferência de resistência. TRANSference-reSISTOR em cristais dopados do tipo NPN ou PNP . Em outras palavras, uma pequena corrente de entrada controla uma alta corrente de saída. O termo Bipolar vem do fato que esse dispositivo depender de cristais P e N para funcionar. O fator limitante de saturação de correne do transistor bipolar é o Uce sat (ou Vce sat), tensão de saturação entre emissor e coletor em corrente máxima.
O FET não é um transistor, pois amplifica a corrente de saída pela ação de um campo elétrico do gate (porta de entrada) sobre um canal semicondutor simples (de cristal único N ou P). Em outras palavras, uma tensão de entrada controla a corrente de saída. O eletrodo de controle de corrente (gate ou porta) pode ser isolado por uma fina camada de óxido metálico (MOS – Metal Oxide Semiconductor) ou através de uma carga de barreira desenvolvida por uma tensão reversa na junção gate-channel (porta-canal) JFET. A corrente máxima que circula no canal de saída é definida pela resistência supridouro-dreno quando saturado (Rds on – Drain Source Resistence).
O IGBT comporta-se como um transistor de efeito de campo na entrada e como um transistor bipolar na saída, pois usa cristais NP ou PN por onde passa a corrente de saída.