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Cada ciclo, ou cada potencial de ação, possui uma fase ascendente, uma fase descendente e, ainda, uma fase chamada de hiperpolarização, quando a ddp entre os dois meios é inferior ao do potencial de repouso de membrana em alguns microvolts.

A resultante dos potenciais de ação de milhões de neurônios atuando de forma sincronizada numa determinada frequência são registrados em gráficos de EEG como ciclos e recebem nomes de letras gregas de acordo com seu ritmo de ocorrência. Vimos que o ritmo Alfa é de 10 hertz; o ritmo Beta é o de maior frequência, vai até 30 hertz.

As amplitudes das ondas também variam; a onda Delta é a de maior amplitude e de menor frequência. Estudos acadêmicos e experimentos em centros de pesquisa mostram que certas ondas cerebrais estão associadas a certos estados de consciência. Por exemplo, as ondas Beta surgem quando estamos em estado de alerta; as ondas Alfa quando estamos relaxados; as Theta quando estamos adormecendo, na vigília; e as ondas Delta no sono profundo.

Os neurônios podem trocar informações codificadas nas variações de amplitude do potencial de ação, na sua frequência e também na sua forma. Parece existir aqui pelo menos três tipos de modulação neuronal: amplitude (AM), frequência (FM) e largura de pulso (PWM). E, por que não, uma codificação binária escondida na existência ou não do impulso neuronal no tempo?

Algo para os estudiosos da Mecânica Quântica. Durante o percurso em que os pulsos potenciais de ação fazem pelas regiões do cérebro, de neurônio a neurônio, mais informações são agregadas àquelas já moduladas de diferentes formas. Mais adiante, receptores sintonizados em padrões de interferências selecionarão quais informações devem ser retidas para determinado fim.

Potenciais de ação são o resultado da movimentação brusca de ínfimas correntes (elétricas) de íons de sódio e de potássio através da membrana do neurônio, que geram campos elétricos e por conseguinte magnéticos que podem ser detectados com eletrodos bem posicionados a curtas distâncias da fonte geradora.

São as variações nesses campos elétricos neuronais que são registradas por aparelhos de EEG. Variações específicas nos campos magnéticos são registrados por aparelhos de Magneto encefalografia (MEG). Os magnetoencefalógrafos usam como eletrodos dispositivos extremamente sensíveis a campos magnéticos, os chamados SQUIDs (Superconducting Quantum Interference Device).

Os potenciais de ação são impulsos elétricos disparados por legiões de neurônios atuando em sincronismo (ou em sincronicidade junguiana). Uma simples formiga ou abelha não tem inteligência, mas suas colônias sim. Talvez possamos enxergar o comportamento desses grupos de neurônios como colônias inteligentes (Swarm Intelligence).

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