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Até mesmo muitos colegas seus duvidavam que aqueles registros realmente mostravam as atividades no cérebro. Coube a esse grande cientista alemão provar através de exaustivas medidas que outros sinais elétricos gerados pelos músculos, pelo coração e por outros órgãos, não coincidiam com os registros de EEG, pois aqueles diferiam destes em amplitude e frequência.

Embora existam hoje técnicas e aparelhos de captura de imagens de alta resolução em 3D dessas atividades cerebrais (ressonância magnética, tomografia computadorizada e outras), os sistemas de captura de EEG têm como vantagens o baixo custo, a captura não-invasiva e a simplicidade do registro.

Os Sinais Elétricos do Cérebro

Estudos científicos estimam que o nosso cérebro é formado por cerca de 100 bilhões de células nervosas, os neurônios, que se organizam em grupos especializados com atividades elétricas próprias.

Curiosamente, outros estudos também apontam que somente em nossa galáxia, a Via

Láctea, a existência de cerca de 100 bilhões de estrelas. Os neurônios se comunicam por impulsos elétricos de baixa frequência, entre 0,5 e 40 hertz, e muito baixa amplitude, abaixo de 100 microvolts.

A captura e registro desses impulsos elétricos cerebrais é um processo bastante simples

e realizado normalmente de modo não-invasivo, com eletrodos dispostos em regiões específicas sobre a cabeça do paciente. Num aparelho de EEG convencional, esses eletrodos são conectados a bancos de filtros ativos e amplificadores diferenciais de altíssimo ganho; estes vão alimentar bobinas imersas em um campo magnético e presas a canetas sobre uma folha de papel milimetrado.

Aparelhos de EEG mais modernos são computadorizados e além de mostrarem não mais no papel, mas numa tela de LCD as formas das ondas cerebrais, são capazes de identificar padrões de interferência em séries de medidas tomadas, e sugerir procedimentos; além de poderem enviar os registros pela Internet. Esses sinais de EEG podem ser usados em experimentos de neurofeedback e controle mental de próteses robóticas. Estudos apontam que cada pessoa tem seu próprio padrão de interferência cerebral, como as nossas impressões digitais.

Os gráficos de EEG são de difícil interpretação, já que junto com o sinal que representa a atividade sincronizada de populações de centenas de milhões de neurônios, são somadas as interferências elétricas de amplitudes muito maiores provenientes de outras atividades fisiológicas e de interferências eletromagnéticas externas, como aquelas causadas pela indução do sinal de 60Hz da rede elétrica e de radiação eletromagnética tanto de aparelhos eletrônicos como de motores elétricos.

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