Comecemos pelas perguntas 3 e 4 cujas respostas são mais fáceis: sim, para as duas.
Para a pergunta 2 a resposta é: – ligando o coletor à base Q1 passa a se comportar como um diodo.
Então, por que não usar um diodo de uma vez?
A reposta está “camuflada” na regrinha número 2 que temos a seguir e que são mandatórias para se fazer um bom espelho de corrente.
Os dois transistores devem:
- ter o mesmo ganho de ganho de corrente (hFE ou β)
- ter o mesmo VBE
- operar na região linear
- operar na mesma temperatura.
Na verdade, o item 4 está relacionado, de alguma forma, com item 2, uma vez que o VBE varia com a temperatura.
E aqui vai uma dica importante para os técnicos reparadores de plantão.
Ao se deparar com um circuito destes e encontrar um ou os dois transistores defeituosos, tenham muita calma nesta hora e não saiam trocando os “pobrezinhos” apenas considerando o código dos dito cujos, sem observar as duas primeiras regrinhas citadas acima, ou correrá o risco de o “espelho” não mostrar a madrasta da Branca de Neve tão bonita assim, ou seja, a corrente na carga poderá não ser uma boa “cópia” da original!
Trocando em miúdos, observar as regras 1 e 2 acima significa que, ao colocar novos transistores no lugar dos defeituosos, eles devem ter os mesmos parâmetros dos originais.
E, antes que alguém pergunte como saber os parâmetros dos transistores “moribundos” originais, eu já repondo: – não tem como saber, a menos que seja um equipamento top de linha e você compre os transistores originais diretamente do fabricante, o que é quase impossível aqui na terrinha.
Mas, como diria Chapolin Colorado – “não criemos pânico”, o importante é escolher dois transistores com o mesmo código, mas que tenham os hFEo mais próximo possível entre eles e o mesmo critério para os VBE.
Cuide para que, ao montá-los no circuito, o faça da mesma maneira como estavam.
E a resposta à pergunta 1?
Bem, essa um pouco mais complicada e por isso, deixei para o final.