O autor concorda que a partir de 7.1 canais o ambiente de audição fica um pouco congestionado visualmente com caixas surround espalhadas pelo ambiente. Uma vez que se decidiu que tipo de caixas serão utilizadas no Home theater, a escolha delas pode ser feita de acordo com as premissas delineadas abaixo.
A probabilidade de uma pessoa que esta escolhendo um conjunto de caixas para Home-Theater, seja estas de teto ou do tipo tradicional, se deparar com produtos de baixa qualidade sonora é bastante elevada.
O pior de tudo é que as caixas vão definir o resultado final do investimento total feito no sistema, uma vez que são elas que apresentam os resultados mais diferentes do ponto de vista sonoro em toda a cadeia de reprodução sonora do Home Theater. E, muitas vezes, caixas de qualidade ruim podem ser caras, de forma que preço não tem relação alguma com qualidade.
Dada essa informação, como escolher produtos com alguma certeza de estar fazendo a coisa certa? Há dois caminhos que podem convergir.
Um, que os leitores já devem conhecer, é acompanhar as avaliações dos produtos que ocorrem com frequência na mídia especializada. Isso porque os avaliadores são pessoas que tem contato com muitos produtos do mercado e conseguem em suas avaliações descrever quando o produto é realmente bom.
Em conversas com avaliadores, soubemos que, caso o produto em avaliação não tenha uma qualidade mínima para o mercado a que ele se destina, ele não tem a avaliação publicada. Uma avaliação em revista especializada, ao contrário de uma avaliação publicada na Internet, pode ser um indicador da qualidade do produto.
O outro caminho é ir a um instalador ou revendedor de confiança com uma lista de produtos já pré-definidos em mãos e ouvir os produtos. Com certeza, as diferenças se tornarão muito aparentes nesse caso. Nada impede de seguirmos o primeiro caminho, fazendo uma pré-seleção com base nas avaliações publicadas e de escolhermos o produto com base nas audições críticas no revendedor.
Deixando de lado a questão do tipo de caixa, já citado acima, (tradicional ou de teto), a próxima opção seria escolher o tamanho e o casamento da caixa com o receiver ou amplificador. Ambientes grandes devem ser excitados por caixas maiores (sim, elas também existem para embutir no teto) e subwoofers correspondentemente maiores. Já ambientes menores podem trabalhar com bookshelves pequenas ou caixas de teto de tamanho reduzido.
Gostei da dica sobre usar caixas traseiras no teto em ambientes pequenos demais, que é o meu caso. Mesmo não sendo o ideal, é uma ideia que torna o surround possível nestes ambientes. E, claro, é bem melhor do que deixar as caixas traseiras na lateral do sofá, próximas demais dos ouvintes, e com um palco diferente pra cada um.
Parabéns!