Nele vemos que, diferentemente dos BJTs (Bipolar Junction Transistor), que se apresentam apenas como NPN e PNP, os FETs (Field Effect Transistor – Transistor de Efeito de Campo) se dividem em seis tipos diferentes.
Na busca por um substituto ou equivalente no caso dos FETs (há uma diferença sútil entre substituo e equivalente) o primeiro passo é, sem dúvida, saber se se trata de canal N ou canal P.
Essa parte é a mais fácil e existem duas maneiras descobrir.
A primeira delas é através da simbologia desenhada no esquema, se você o possuir e não tiver sido desenhado errado. Aí, se você sabe eletrônica e entende como o circuito funciona, vai pegar a gafe do desenhista mais depressa que se pega um mentiroso.
A segunda demora um pouquinho mais, e é através do data sheet do componente que, 99% das vezes, se consegue “dando um Google”.
De qualquer maneira, você irá precisar mesmo do tio Google para encontrar o data sheet, analisar os parâmetros e, a partir daí, compará-los com os que encontrar à venda por aí.
Os JFETs não são “muito exigentes” e, na maioria dos casos, basta saber a Tensão Dreno-Source (VDS), Corrente de Dreno (IDS) e Tensão Gate-Source (VGS), além do canal (N ou P), é claro.
Nos MOSFETs ou IGFETs as coisas ficam muito mais complicadas, como veremos a seguir.
Olhando quadro da Fig. 1 já podemos perceber, para início de conversa, que não basta saber o tipo de canal (N ou P), pois precisamos saber também o tipo de operação que se divide em Modo Deplexão (D-Mode) ou Enhancement (E-Mode).
Não me estenderei neste tema. Ele está bem explicado no meu e-book Fontes Chaveadas para Iniciantes, mas já deixo um alerta: colocar um D-MOSFET no lugar de um E-MOSFET vai dar zebra.
Talvez não, se você for um trocador de peças sortudo, porque alguns D-MOSFETS, às vezes, podem operar no modo E-MOSFET.
Começando a olhar os data sheets
Na fig. 2 temos um pedaço do data sheet do IRF-630; vejamos o que podemos descobrir sobre ele.