Já nos sistemas ativos os crossovers ficam colocados antes dos amplificadores, de forma que cada via tem que ter seu próprio amplificador, que está ligado diretamente no alto-falante.
Esses sistemas são também chamados de bi-amplificados (aqueles com duas vias ativas) ou tri-amplificados (aqueles com três vias ativas) e assim por diante. A complexidade adicional resultante de um sistema bi ou tri amplificado inibe bastante a aplicação de sistemas ativos em Home-theater, onde o número de canais é de pelo menos cinco.
Porém, com crossovers ativos, as limitações citadas acima desaparecem, pois os filtros estão colocados antes do amplificador e podem ser realizados de forma analógica com componentes de pequeno porte e através de circuitos ativos, que apresentam melhor desempenho e precisão.
Além disso, eles podem ser construídos com taxas de 24 dB/8ª ou até 48 dB/8ª, que são filtros excepcionais, com bastante atenuação fora da banda desejada.
Alternativamente, os filtros podem ser construídos de forma digital, e implementados através do uso de um microprocessador dedicado chamado de DSP (Digital Signal Processor ou Processador Digital de Sinais).
Crossovers digitais são precisos, versáteis e podem ter a ordem e a atenuação que se desejar. Através do software de controle, é possível se modificar a frequência de corte, a taxa de atenuação e até a ordem do filtro, de forma simples.
Os circuitos ativos trazem consigo o aumento do número de amplificadores. O crossover fica muito melhor, mas a complexidade do sistema resultante aumenta. No mundo profissional, o ganho de desempenho é amplamente compensado, de forma que o aumento da complexidade não é relevante.
Para finalizar, devo citar que bi-amplificação não é a mesma coisa que bi-cabeamento. O último é uma técnica que usa somente um amplificador e cabos separados para alimentar as seções de graves e agudos da caixa acústica. Os resultados são significativamente diferentes dos obtidos com bi-amplificação.
Mas isso fica para o mês que vem. Até lá!