Divisores de Frequência

Por exemplo, para um tom de 1 kHz, uma oitava abaixo é 500 Hz e uma oitava acima é 2 kHz. O Decibel ou dB é uma unidade logarítmica que, neste caso, indica a atenuação do sinal. Quanto maior esse número maior a atenuação do crossover. 

Divisores de 6 dB/8ª são simples e, portanto vistos em produtos baratos. Apesar de apresentarem algumas vantagens, como melhor comportamento temporal, eles fazem com que os alto-falantes reproduzam frequência indesejadas por um longo pedaço do espectro audível, dada a baixa atenuação.

Isso pode ser ruim, pois, em função da construção da caixa, as frequências podem se adicionar ou se subtrair, gerando picos ou vales na resposta em frequência.

Mas, o pior problema de crossovers de primeira ordem é que os tweeters acabam recebendo muita energia em baixa frequência (que eles não deveriam estar recebendo) e, portanto, estão mais sujeitos a serem danificados por excesso de potência nessas frequências.

Os filtros mais utilizados atualmente são os de 12 dB/8ª ou de 2ª ordem. A complexidade aumenta um pouco, mas a atenuação nas frequências nas quais o alto-falante não trabalha corretamente dobra. Desta forma, o principal problema, que é o excesso de potência em frequências baixas que chegam ao tweeter, é minimizado.

Este tipo de crossover é de longe o mais utilizado, pelo compromisso entre complexidade, atenuação e custo obtidos. Um crossover de 18 dB/8ª ou 24 dB/8ª já se torna muito complexo para ser implementado de forma passiva em caixas residenciais.

Os crossovers passivos são construídos utilizando capacitores, indutores e resistores, que, por estarem na saída do amplificador, são itens de tamanho grande e têm custo elevado.

Um crossover de primeira ordem e duas vias é bastante simples, podendo ser construído com apenas dois componentes. Já os de 2ª ordem e duas vias necessitam de ao menos quatro componentes.  Caso o número de vias passe de duas para três, o número mínimo de componentes aumenta para quatro para o de primeira ordem e oito para o de segunda ordem.

Filtros com ordem e número de vias maiores logo chegam a uma complexidade de projeto considerável e a um número de componentes elevado, o que se reflete na construção e no custo. Por isso, crossovers passivos geralmente são compostos de filtros de 2ª ordem com duas vias, chegando no máximo a até quatro vias.  

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