Quando o artista utiliza um amplificador para criar música, esta distorção é aceitável (com certeza agradável para seu público) e faz parte de sua obra.
Este caso não será tratado aqui.
Trataremos apenas do primeiro caso, o do amplificador como elemento que não deve, em nenhuma hipótese, alterar substancialmente o sinal que lhe é aplicado.
Assim, devemos ter em mente que qualquer afirmação de que um amplificador deve distorcer para ser superior é falsa e, considerada a mesma composição de harmônicas, um amplificador que distorce mais é inferior a um que distorce menos.
Isso deveria ser ponto sem discussão… mas aí entram o subjetivismo e o interesse comercial.
Normalmente amplificadores que distorcem mais são mais simples, mais fáceis de se produzir e não permitem automação que reduza significativamente seus custos, diminuindo-se a concorrência dos grandes fabricantes. E, então, pululam nos grupos de discussão opiniões sobre o quão superior é aquele equipamento montado à mão, com fiação ponto-a-ponto e que emprega diversos elementos de baixa linearidade, em relação a um moderno amplificador de alta-fidelidade. O que se discute neles é subjetivo, e, enquanto opinião pessoal, é válido.
O problema ocorre quando tenta-se vincular essa baixa qualidade objetiva a algo superior, do ponto de vista das modernas técnicas de áudio-amplificação. Muitas vezes, quem o faz vende equipamentos do tipo, e aí temos que ficar atentos a essas afirmações.
O que todo projetista de amplificador deve tentar, objetivamente, do ponto de vista puramente técnico, é minimizar a distorção harmônica, mantendo a estabilidade do circuito que projeta.
Entramos então na questão de o quão baixa deve ser essa distorção.
O problema maior, já apontado por Self na referência citada, é que sinais musicais são complexos, e não é tarefa simples perceber-se mais ou menos distorção, abaixo de um certo limite, por comparação auditiva.
Mesmo na avaliação de sinais senoidais puros, cujo valor de teste mais comum é 1kHz, há dificuldades, mas, de qualquer maneira, nas diversas análises de amplificadores mostradas em Antenna vemos, de forma consistente, na maior parte dos amplificadores analisados, níveis de distorção harmônica e por intermodulação abaixo de 1%. Vários apresentam valores abaixo de 0,1%.
um excelente projeto de audio, com a melhor tecnica, projeto e uso de componentes top de linha sera arruinado – e frequentemente o e – devido ao compnente que deve entregar ao ouvinte o resultado de sua excelencia, o transdutor acustico…
Excelente artigo. Com relação a valores de dh aceitáveis me lembrei que nos gravadores analógicos de fita esses valores costumam ser bem mais altos chegando a uns 3%.