Distorção Harmônica em Amplificadores

A primeira é, simplesmente, receber em sua entrada um sinal com uma certa amplitude (e potência) e aumentar essa amplitude (e também essa potência), entregando-a a uma carga, normalmente um conjunto de alto-falantes em um sonofletor.

A segunda, que complementa a primeira, é modificar esse sinal, propositadamente, colocando neste alguma forma de efeito sonoro (saturação, por exemplo) de forma a se atingir o objetivo do artista que o está utilizando.

É muito importante entendermos a diferença entre essas funções, porque, de uma certa forma, pode haver alguma confusão entre elas, por parte dos consumidores desses equipamentos.

No primeiro caso, o amplificador deverá apenas aumentar o sinal, sem introduzir nada a mais nele. Nenhum amplificador da vida real consegue não modificar um sinal que amplifica, entretanto, faz tempo que os equipamentos disponíveis o fazem com muito boa fidelidade.

De uma forma geral, quanto menos um amplificador modificar o sinal que lhe é entregue, melhor ele desempenha essa função, desde que o faça mantendo sua estabilidade geral. Quanto menos distorção, melhor.

E aqui temos nossa primeira fonte de confusão: esse conceito de melhor, ou mais fiel, é objetivo. E ele não tem nada a ver com o gosto do ouvinte ou sua subjetividade em relação ao que ouve.

Para tornar isto mais claro, imagine que você é um projetista de televisores. O seu projeto buscará tornar a imagem apresentada pela TV o mais fiel em forma e coloração em relação ao que foi gravado originalmente. É mais fácil entender que imagens distorcidas ou com cores infiéis são piores, objetivamente, do que as mais perfeitas. Se você não cuidar desses detalhes, terá problemas com o público consumidor e, também, com seu empregador.

O segundo caso faz do amplificador parte do programa musical original. Ele, agora, é parte do “instrumento” utilizado pelo músico ou engenheiro de som, que irá utilizar essa característica para obter o produto, ou a arte, que ele entende a melhor.

O tipo mais comum de distorção intencional envolve a saturação de um amplificador para causar um efeito de “corte” do sinal, aproximando-as de ondas quadradas ou retangulares.

Em alguns casos o artista procurará fazer essa mudança ser mais suave, em outras, mais brusca. Este tipo de distorção é popular entre os guitarristas, tornando-se popular no Rock e no Heavy Metal.

2 comentários sobre “Distorção Harmônica em Amplificadores”

  1. Carlos Henrique Teutschbeim16 de outubro de 2022 às 9:57 PMResponder

    um excelente projeto de audio, com a melhor tecnica, projeto e uso de componentes top de linha sera arruinado – e frequentemente o e – devido ao compnente que deve entregar ao ouvinte o resultado de sua excelencia, o transdutor acustico…

  2. Fábio T. Pedroso18 de outubro de 2022 às 5:02 PMResponder

    Excelente artigo. Com relação a valores de dh aceitáveis me lembrei que nos gravadores analógicos de fita esses valores costumam ser bem mais altos chegando a uns 3%.

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