Marcelo Yared*
Hoje em dia não é difícil medir-se a distorção harmônica gerada por dispositivos de áudio, com razoável precisão.
Entretanto, como o objetivo final de todo sistema do tipo é a reprodução de som para ser percebido por seres humanos, torna-se mais complicado tentar definir o que e quanto de distorção seria tolerável, ou não.
E isso não ocorre por falta de estudos sobre os limites de percepção desses artefatos por nossos ouvidos e cérebro, mas sim pelo subjetivismo que impera no negócio do áudio.
Diversos desses estudos mostram que níveis de distorção abaixo de valores próximos a 1% (ou mesmo maiores) do sinal reproduzido, normalmente, não são perceptíveis, dependendo da composição dos artefatos introduzidos (Self, Audio Power Amplifier Design, 6ª Edição, páginas 9 e 10).
Assim, surge uma questão: é necessário se criar distorção, em dispositivos de reprodução sonora, para se ter bons equipamentos de áudio?
Vamos tratar, aqui, especificamente de distorção harmônica em amplificadores de áudio, entretanto, os conceitos introduzidos servem para qualquer elemento da cadeia de reprodução sonora.
A distorção harmônica nos amplificadores ocorre quando o sinal de áudio original, que é composto por ondas senoidais, é alterado pelos componentes elétricos ou mecânicos do sistema, resultando em um sinal em sua saída que é diferente do original.
Esta diferença pode ser quantificada, medindo-se todas as frequências que foram introduzidas pelo sistema e calculando-se a distorção harmónica total em uma composição matemática. Normalmente esse valor total se expressa em porcentagem do sinal na saída ou em decibels abaixo da frequência fundamental aplicada, se estivermos injetando uma senoide pura.
Inicialmente, vamos separar duas funções mais comuns que podem ser atribuídas a um amplificador de áudio:
*Engenheiro Eletricista
um excelente projeto de audio, com a melhor tecnica, projeto e uso de componentes top de linha sera arruinado – e frequentemente o e – devido ao compnente que deve entregar ao ouvinte o resultado de sua excelencia, o transdutor acustico…
Excelente artigo. Com relação a valores de dh aceitáveis me lembrei que nos gravadores analógicos de fita esses valores costumam ser bem mais altos chegando a uns 3%.