Dicas e Diagramas – XXII

Um outro pesquisador, J. Stanley Brown, especialista do Serviço Naval dos Estados Unidos descreveu os seus trabalhos com o “Rogers Underground System”, na faixa de 10.000 a 15.000 metros (30kHz a 20kHz), na Estação de Rádio dos Grandes Lagos, no Laboratório de Norfolk, do U.S. Naval Service e em New London, Connecticut.

No trabalho, o autor destacou o que chamou de “extrema agudeza” (sharpness) dos sinais quando o sistema de aterramento da antena era eficiente, o que melhoraria a recepção na presença de interferências estáticas.

Eram utilizados radiais testados cuidadosamente um a um com voltímetro Audion para tensões contínuas. Radiais com “fugas” em relação ao terra acima de um ou dois volts eram marcados e reparados.

Cedo se tornou evidente que aterramentos eficientes e antenas elevadas eram as combinações que proporcionavam melhor desempenho para comunicações transatlânticas.

A presença do solo ao redor ou sob a antena faz parte do ambiente onde um sistema de antena opera. O solo influencia no funcionamento da antena.

Passou-se a compreender que, em antenas polarizadas verticalmente, por exemplo, a presença de um bom plano-terra artificial pode ser indispensável. Usam-se radiais dispostos no solo para isso. Uma maior quantidade de radiais no solo é preferível a poucos radiais extensos.

Nas antenas horizontais de fio, a altura e o tipo de solo, dependendo da sua condutividade e da sua umidade, influem no padrão de captação da antena. A altura acima do solo afeta diretamente no funcionamento da antena.

A altura deve ser suficiente para evitar perdas no sinal por absorção pelo solo. A altura em relação ao solo também afeta a impedância no ponto de alimentação da antena. Solos secos tendem a refletir mais os sinais de radiofrequência. Certos tipos de solos podem distorcer os lobos de captação e reduzir a eficiência geral da antena.

As antenas “sem estática”

Os ruídos atmosféricos ou “QRN”, como são identificados desde antigamente, muito prejudicam a recepção, principalmente nas frequências baixas de operação. São as interferências eletromagnéticas geradas por causas naturais ─ principalmente pelas descargas elétricas dos raios durante as tempestades, às vezes a muitos quilômetros de distância.

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