Os primeiros resultados das experiências de transmissão e recepção de sinais intraterrestres, baseados em sistemas de ondas progressivas, estão sendo divulgados no Brasil com exclusividade nesta edição de ANTENNA.
Figura 1. Etapa de finalização da montagem do protótipo da antena subterrânea tipo “saca-rolhas” por ondas progressivas. O conjunto de centenas de elementos alveolares de titanato de bário, de ¼ de onda de comprimento total, é isolado na tubulação antes de o conjunto ser depositado a uma profundidade média de 60cm, dependendo das características de permissividade/condutibilidade do solo da região. Na caixa blindada fica o pré-amplificador MASER (Molecular Amplification by Stimulated Emission of Radiation), aproveitado de um radiotelescópio usado, contendo diamante artificial com qubits formados na vacância de nitrogênio. Com esse recurso os MASERs atualmente conseguem operar em temperatura ambiente.
Na construção da antena são empregados compostos sinterizados de titanato de bário metálico, rubídio e nióbio, em alvéolos tipo honeycomb (favo de mel), multiplexados, definidos por estequiometria, em direção que aumenta extraordinariamente as propriedades eletromagnéticas do material.
A qualidade na recepção de sinais, nos testes iniciais, foi surpreendente: “Melhor que CD”, disseram os pesquisadores. Um sinal da estação de testes, com emissão-piloto de 1W, instalada em Pago Pago, Samoa Americana, no Pacífico, foi recebido em Poldhu, perto de Mullion, Inglaterra, sítio histórico da primeira transmissão transatlântica feita por Marconi, a 15.816km de distância, com intensidade de S9+60dß (equivalente a -13dßm ou 50,06mV), em 5MHz, a frequência de teste.
O novo recorde bateu a transmissão histórica de Marconi, ocorrida em dezembro de 1901, entre Poldhu e St. John’s, Newfoundland, Canadá, em mais de 11 mil quilômetros de distância.