Dicas e Diagramas XXXI


Válvula com invólucro de vidro solto é fácil de ser danificada, principalmente ao se tentar retirá-la do soquete. Nas válvulas Philips tipo pata-de-elefante a operação é ainda mais crítica: como o cimento usado pela fábrica na fixação do bulbo era frequentemente de baixa adesão ao vidro e como o soquete mantinha elevada pressão nos pinos da válvula, podia acontecer de o bulbo separar-se da base.

Figura 7. Com argamassas de rejuntamentos para porcelanatos, como descrito no texto, obtém-se excelente acabamento, com reparação praticamente indistinguível e de ótimo desempenho, na fixação de bulbos soltos na base.

Alguns colegas têm usado silicone para consertar válvulas com o bulbo frouxo. Silicone é vedante, não é exatamente “cola”. Não possui suficiente poder adesivo para esta aplicação. Funciona, em alguns casos de válvulas de recepção de baixo consumo, de baixas temperaturas de operação, mas é difícil de se obter um acabamento liso e perfeito com silicone. Outro problema é que a maioria das “colas” de silicone, principalmente as capazes de suportar temperaturas elevadas, tem base acética que corrói os fios dos pinos das válvulas.

“Bonders” e outros cianocrilatos também não proporcionam bom acabamento. Acontece o mesmo com “colas para juntas de motores diesel”, cujo uso alguns defendem na internet. Ficam com acabamento horroroso e lambuzado ─ incompatível com serviços de restaurações de qualidade. Os cianocrilatos costumam “branquear” e não possuem coeficiente de expansão semelhante ao do vidro.

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