Dicas e Diagramas XXXI

O fato de ter elevada qualidade técnica e por ser um item altamente colecionável determinam a sua grande valorização na atualidade, principalmente entre audiófilos e colecionadores.

Por ser muito procurada e por seu alto preço é uma válvula que tem sido replicada ─, mas até agora nunca igualada. Há fábricas produzindo “clones” da EL156 Telefunken original e de outros tipos de válvulas da mesma marca. É preciso que os colecionadores e restauradores fiquem atentos. As identificações antigas, impressas no vidro, são facilmente imitadas. Até a marca do diamante, gravada na base das válvulas de vidro tem sido falsificada com laser ─ como já comentamos em ANTENNA.

A base original da EL156 da Telefunken era de 10 pinos, tipo Decar B10B, pela nomenclatura europeia, necessitando de soquete próprio. As EL156 produzidas atualmente na China e nos Estados Unidos utilizam base octal comum (oito pinos).

Há cópias razoáveis da Telefunken original, em termos mecânicos e elétricos. A EL156 alemã se destacava pela robustez e pela durabilidade. Possuía padrões de produção extremamente rigorosos. Usava materiais avançados como vidros de baixa expansão térmica e metais com altíssima pureza, além de calefatores (filamento + catodo) com tratamentos e revestimentos especiais, de longa duração. Nas válvulas fabricadas atualmente nada se sabe sobre a técnica, as ligas metálicas ou sobre os revestimentos empregados na fabricação dos catodos, por exemplo. 

A EL156 foi projetada, testada e fabricada para milhares de horas de uso, mantendo-se excepcionalmente estável sob alta dissipação e operação contínua. Este é um dos pontos críticos das réplicas modernas: não conseguem apresentar a mesma durabilidade. Além disso são mais suscetíveis quanto a derivas nos parâmetros elétricos com o aquecimento.

Com duas EL156 da Telefunken conseguia-se construir amplificadores de alta-fidelidade com potência de até 120 watts. Para obter potência suficiente de saída, a tensão de placa precisa ser aproximadamente o dobro da tensão de grade auxiliar (“screen”).

Um imperdível artigo retrônico descrevendo a montagem de um amplificador de áudio de alta-fidelidade, tipo monobloco, com duas EL156 na saída, foi publicado na revista holandesa Elektor, de março de 2005, ( https://www.elektormagazine.com/magazine/elektor-200503 ). Vale a pena conferir o artigo, de autoria de Gerhard Haas. Na mesma edição da revista há uma outra matéria interessante, comparando “Válvula X Transistor” nas aplicações de áudio.

Era o que tínhamos até este momento, pessoal! Gratos pela companhia e não deixem de ler, nesta edição, o artigo do colega Florentino De Pasquale, descrevendo um útil oscilador de frequência de batimento, OFB, para ser adaptado a receptores antigos: possibilitará a sintonia de sinais de SSB e telegrafia, dando vida nova àqueles rádios veteranos. 

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