Dicas e Diagramas – XXVIII

Outro erro comum ocorria na inversão, por troca das conexões ou com contato acidental da alimentação “A” do receptor, de tensão dos filamentos, com a tensão “B, da fonte do circuito de anodo das válvulas.

Mesmo que a bateria experimentada fosse a apropriada, de 6 V, havia risco para as válvulas de baixas tensões de filamento. Quando completamente carregada a tensão nos bornes de uma bateria de chumbo-ácido de 6 V ultrapassava os 6,6 V, o que representava risco de queima dos filamentos de válvulas antigas por causa da sobretensão da fonte.

Válvulas como a 1R5 ou 1A7 , com Vf máxima de 1,5 V, possuem tensão mínima de funcionamento. Bastava que a tensão de filamento caísse, por exemplo, para 1,1 V, que o ganho da válvula diminuía. A válvula também deixava de oscilar.

Os receptores antigos trabalhavam com três tipos de tensões de alimentação: A, B e C. A fonte “A” era a do aquecimento dos filamentos. Podia ser uma pilha seca de 1,5 ou uma bateria de 2 V. A fonte “B” era a que fornecia a tensão elevada contínua para os circuitos de placas das válvulas. Podia ser de 22,5, 45, 67,5 e 90 volts, por exemplo. A fonte “C” era adotada, em alguns equipamentos, para a polarização negativa de grade, regulando o fluxo de elétrons entre o filamento e a placa.

Figura 9. À esquerda, “eliminador” de baterias, que era comercializado pela Philips no Brasil na década de 1920. O acessório convertia tensões alternadas de 120 V e 220V para as tensões “B” e “C” necessárias aos circuitos dos receptores. À direita, o “fusível de filamento”, a ser instalado no receptor: protegia o delicado filamento das válvulas contra curtos acidentais com as ligações das baterias “B”.

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