Entregue a tarefa para um profissional competente calcular e enrolar um novo transformador, capaz de operar nos níveis de tensões atuais. Confira sempre a tensão de funcionamento do receptor na documentação técnica do fabricante, principalmente no caso dos aparelhos americanos e torça para que as alterações no enrolamento caibam na apertada janela do núcleo antigo.
Houve escassez de materiais no tempo da Segunda Guerra. No esforço de guerra, muito do que era produzido foi dirigido para finalidades militares. Transformadores e metais para a produção de núcleos tornaram-se escassos em certo período. Na fabricação de componentes para uso civil, a economia no uso dos materiais era mandatória.
Transformador antigo, carbonizado. Refazer transformadores antigos requer atenção: não basta reenrolá-los seguindo fielmente a quantidade de espiras dos enrolamentos originais. Se o transformador era com primário para funcionamento em 100V ou 115V, por exemplo, sofrerá sobreaquecimento e se queimará novamente, se empregado nas redes elétricas atuais no padrão de 127V ─ que poderão chegar a 133V, dependendo da concessionária.
Nos transformadores os fabricantes procuravam utilizar a mínima quantidade possível de núcleos. Até a Philips teve vários modelos de receptores cujos transformadores operavam “no limite”, com pouco ferro no núcleo. Tudo isso determina que o uso dessas antiguidades, nas redes elétricas atuais, seja feito com o máximo cuidado possível.
Até próxima edição, pessoal! Fiquem em contato, boas restaurações a todos. Usem transformador isolador. Não esqueçam, na bancada, o ferro de soldar ligado!
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