
Figura 4. Diagrama esquemático do Philips 664 VN-VN1. Esquema copiado a nanquim, a partir de um original disponibilizado sob cláusula de confidencialidade, para cópia no local, escritório regional da Philips, em 1941.

Figura 5. Cópia datilografada, em português, da documentação de serviço, “Estrictamente Confidencial”, original do Philips modelo 664 VN, produzido nos Estados Unidos (1941-1942). Super-heteródino de três faixas, funcionando com as válvulas 6S7G, 6D8G, 6S7G, 6T7G, 6L5G e 6V6GT, com vibrador, alimentado por bateria de 6 volts. O sufixo “AN” na designação do modelo indica rádio para CA.”HN” era o sufixo indicador de rádio tipo CA/CC. “BN” era usado nos rádios funcionando a baterias. O sufixo ”VN” era adotado nos rádios a bateria que operavam com vibrador, como no caso deste Philips modelo 664 VN.
A Philips dos Estados Unidos chegou a fabricar rádios para terceiros, como o aparelho GLF F-770, produzido para a rede de lojas Grange League Federation, em 1948. Era um aparelho de dez válvulas, para uso rural. Vários modelos Philips USA chegaram ao Brasil via Argentina ou por importação direta da filial brasileira.
Lido com aparelhos desde meus 12 anos – tenho 69 e nunca havia lido algo pratico sobre interpretar esse codigo…
Quanto aos radios Philips, mesmo sendo fa da marca – trabalhei na rede autorizada – nao considero estes – por serem produzidos nos EUA e usando valvulas octais – superiores aos originais holandeses e Mullard ingleses, que usaram valvulas loktal ou ate as rimlock…
Grato, colega Carlos Henrique. Eram tempos de guerra e de pós-guerra. Como informado no texto, quando a fábrica Philips na Holanda foi tomada pelas tropas nazistas, a empresa passou a produzir válvulas e receptores em outros países, como nos EUA, para exportação. Foi uma das poucas a produzir receptores domésticos nesse período, nos EUA. Alguns destes aparelhos chegaram ao Brasil, por importação direta ou via Argentina. Em nosso país foi restrita até a publicação de esquemas europeus na época da guerra. Éramos, em nossa família, da rede de assistência técnica da Philco americana (desde antes de 1940) e também da Philips. Pela nossa experiência, os misteriosos Philips “Made in USA”, com válvulas de tipos americanos, foram aparelhos de excelente rendimento, principalmente os para uso no campo, operando a bateria e vibrador. Muito do bom desempenho se deveu, além de bons projetos, provavelmente às válvulas. Sabe-se que a própria Philips fabricou muitas válvulas de séries americanas.