Dicas e Diagramas – XIV – O Código Europeu “E” de Capacitores e Resistores

Figura 2. Os coeficientes de temperatura dos capacitores tubulares são indicados pela pinta colorida na extremidade do componente. Os coeficientes mais comuns usados nos receptores são o NP0 (pinta preta, empregado nos circuitos ressonantes onde se requer elevada estabilidade de frequência), o N750 (pinta violeta) e o N150 (pinta de cor laranja).

Havendo pinta preta na extremidade do capacitor, isso indica que ele é do tipo NP0 (ene-pê-zero), ou seja, de coeficiente negativo e constante de temperatura. Capacitores NP0 são especialmente indicados para os estágios de RF dos receptores com indutores com núcleos de ferrite (material que apresenta coeficiente de temperatura positivo), proporcionando boa estabilidade de frequência aos circuitos ressonantes. Pinta violeta no capacitor significa que este possui coeficiente negativo de temperatura tipo N750, e laranja, N150. Duas pintas, vermelha e violeta, indicam que o capacitor é de coeficiente positivo de temperatura, tipo P100.

Para facilitar a compreensão, apresentamos aos leitores mais alguns exemplos do código europeu usado em capacitores:

5E6/L = 5,6 pF, com tolerância de +- 0,5 pF;

56E/A = 56 pF, com tolerância de +- 10%;

4K7/B = 4.700 pF ((4,7 nF ou 0,0047 µF), +- 5%;

270K/P = 270.000 pF (270 nF ou 0,27 µF), +- 20%.

No caso dos resistores, eis como estes podem estar gravados, pelo código europeu:

5E6/D = 5,6 ohms, +- 1%;

56E/A = 56 ohms, +- 10%;

4K7/B = 4.700 ohms, +- 5%;

270K/P = 270.000 ohms; 20%;

2M2/P = 2,2 megohms, +- 20%.

3 comentários sobre “Dicas e Diagramas – XIV – O Código Europeu “E” de Capacitores e Resistores”

  1. Carlos Henrique16 de agosto de 2023 às 9:18 PMResponder

    Lido com aparelhos desde meus 12 anos – tenho 69 e nunca havia lido algo pratico sobre interpretar esse codigo…

  2. Carlos Henrique16 de agosto de 2023 às 9:32 PMResponder

    Quanto aos radios Philips, mesmo sendo fa da marca – trabalhei na rede autorizada – nao considero estes – por serem produzidos nos EUA e usando valvulas octais – superiores aos originais holandeses e Mullard ingleses, que usaram valvulas loktal ou ate as rimlock…

    1. Dante Vanderlei Efrom18 de agosto de 2023 às 7:30 AMResponder

      Grato, colega Carlos Henrique. Eram tempos de guerra e de pós-guerra. Como informado no texto, quando a fábrica Philips na Holanda foi tomada pelas tropas nazistas, a empresa passou a produzir válvulas e receptores em outros países, como nos EUA, para exportação. Foi uma das poucas a produzir receptores domésticos nesse período, nos EUA. Alguns destes aparelhos chegaram ao Brasil, por importação direta ou via Argentina. Em nosso país foi restrita até a publicação de esquemas europeus na época da guerra. Éramos, em nossa família, da rede de assistência técnica da Philco americana (desde antes de 1940) e também da Philips. Pela nossa experiência, os misteriosos Philips “Made in USA”, com válvulas de tipos americanos, foram aparelhos de excelente rendimento, principalmente os para uso no campo, operando a bateria e vibrador. Muito do bom desempenho se deveu, além de bons projetos, provavelmente às válvulas. Sabe-se que a própria Philips fabricou muitas válvulas de séries americanas.

Deixe um comentário