Eis mais alguns exemplos:
Um capacitor marcado como E8 significava que tinha o valor de 0,8 picofarads. Um marcado como 820E representava que era de 820 picofarads (ou 0,82 nanofarads nos cerâmicos da atualidade).
Um resistor gravado como 5E6 indicava que o seu valor era de 5,6 ohms. Um resistor marcado como 15K3 significava que era de 15.300 ohms; um com a marcação de 15M3 representava que o resistor tinha 15,3 megohms.
Resumidamente: a letra “E” indica unidade, a letra “K” indica mil e “M” refere-se a milhão, respectivamente.
Era frequente, além da marcação do valor do componente, ser acrescentada mais alguma letra ao código, significativa da tolerância ou de alguma característica especial. A seguir apresentamos uma lista das mais comuns:
Letra Tolerância
P ─ 20%
A ─ 10%
B ─ 5%
C ─ 2%
D ─ 1%
M ─ +- 1 pF (apenas nos capacitores)
L ─ +- 0,5 pF (apenas nos capacitores)
Ocasionalmente, em alguns capacitores cerâmicos europeus fabricados a partir do início da década de 1950, pode aparecer também a letra “H” na identificação: significa que é um componente testado para 700 VCC, ou até 2.000 volts RMS (por um minuto).
Produzido com vernizes especiais, era capaz de ser utilizado com segurança em pontos do circuito diretamente conectados à rede elétrica. Este tipo de capacitor cerâmico geralmente tinha o corpo em cor cinza. Na atualidade, seus substitutos são os capacitores classe X ou Y. Era utilizado também nos primeiros circuitos de televisores valvulados.
Assim, o capacitor de corpo cinza, marcado, por exemplo, como 82E/H indica que é de segurança, de 82 pF, para High Voltage (alta tensão).Capacitores desse tipo não devem ser substituídos pelos tipos comuns, por causa do risco de choques elétricos fatais a quem acidentalmente tocar em partes metálicas do aparelho.
Um outro tipo de capacitor de segurança é o cerâmico marcado como GKO. Era empregado, nos bons projetos, nos terminais de antena dos aparelhos sem transformador isolador, por exemplo, onde a falha do capacitor podia apresentar risco de choque elétrico ao usuário.
Repetimos: os capacitores de segurança classe X, Y, GKO e os marcados como E/H nunca devem ser substituídos por capacitores comuns.
Lido com aparelhos desde meus 12 anos – tenho 69 e nunca havia lido algo pratico sobre interpretar esse codigo…
Quanto aos radios Philips, mesmo sendo fa da marca – trabalhei na rede autorizada – nao considero estes – por serem produzidos nos EUA e usando valvulas octais – superiores aos originais holandeses e Mullard ingleses, que usaram valvulas loktal ou ate as rimlock…
Grato, colega Carlos Henrique. Eram tempos de guerra e de pós-guerra. Como informado no texto, quando a fábrica Philips na Holanda foi tomada pelas tropas nazistas, a empresa passou a produzir válvulas e receptores em outros países, como nos EUA, para exportação. Foi uma das poucas a produzir receptores domésticos nesse período, nos EUA. Alguns destes aparelhos chegaram ao Brasil, por importação direta ou via Argentina. Em nosso país foi restrita até a publicação de esquemas europeus na época da guerra. Éramos, em nossa família, da rede de assistência técnica da Philco americana (desde antes de 1940) e também da Philips. Pela nossa experiência, os misteriosos Philips “Made in USA”, com válvulas de tipos americanos, foram aparelhos de excelente rendimento, principalmente os para uso no campo, operando a bateria e vibrador. Muito do bom desempenho se deveu, além de bons projetos, provavelmente às válvulas. Sabe-se que a própria Philips fabricou muitas válvulas de séries americanas.