Dicas e Diagramas – XIV – O Código Europeu “E” de Capacitores e Resistores


Não são poucos os reparadores e restauradores que se atrapalham ao encontrar, em equipamentos antigos, capacitores e resistores com valores identificados por números e letras. Saiba aqui como decifrar esses componentes.

Figura 1. O código “E” e outros, alfanuméricos, foram utilizados por fabricantes europeus em resistores e capacitores no tempo dos aparelhos valvulados.

O código “E” baseava-se não em cores, mas em algarismos acompanhados de uma letra que indicava o multiplicador. Foi utilizado principalmente na Europa em capacitores de mica, cerâmicos tubulares e em resistores. O multiplicador pode ser “mil” (K) ou milhão (M). Convencionou-se que a letra “E” é indicativa da unidade em pF ou em Ω: 15E3 significa 15,3 picofarads ou 15,3 ohms, por exemplo.

*Dante Efrom, PY3ET. Antennófilo, jornalista, radioamador, redator e autor de textos técnicos sobre eletrônica, radioamadorismo e reparações. Assinante, leitor e colaborador de Antenna/Eletrônica Popular no tempo de G.A. Penna, PY1AFA

3 comentários sobre “Dicas e Diagramas – XIV – O Código Europeu “E” de Capacitores e Resistores”

  1. Carlos Henrique16 de agosto de 2023 às 9:18 PMResponder

    Lido com aparelhos desde meus 12 anos – tenho 69 e nunca havia lido algo pratico sobre interpretar esse codigo…

  2. Carlos Henrique16 de agosto de 2023 às 9:32 PMResponder

    Quanto aos radios Philips, mesmo sendo fa da marca – trabalhei na rede autorizada – nao considero estes – por serem produzidos nos EUA e usando valvulas octais – superiores aos originais holandeses e Mullard ingleses, que usaram valvulas loktal ou ate as rimlock…

    1. Dante Vanderlei Efrom18 de agosto de 2023 às 7:30 AMResponder

      Grato, colega Carlos Henrique. Eram tempos de guerra e de pós-guerra. Como informado no texto, quando a fábrica Philips na Holanda foi tomada pelas tropas nazistas, a empresa passou a produzir válvulas e receptores em outros países, como nos EUA, para exportação. Foi uma das poucas a produzir receptores domésticos nesse período, nos EUA. Alguns destes aparelhos chegaram ao Brasil, por importação direta ou via Argentina. Em nosso país foi restrita até a publicação de esquemas europeus na época da guerra. Éramos, em nossa família, da rede de assistência técnica da Philco americana (desde antes de 1940) e também da Philips. Pela nossa experiência, os misteriosos Philips “Made in USA”, com válvulas de tipos americanos, foram aparelhos de excelente rendimento, principalmente os para uso no campo, operando a bateria e vibrador. Muito do bom desempenho se deveu, além de bons projetos, provavelmente às válvulas. Sabe-se que a própria Philips fabricou muitas válvulas de séries americanas.

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